Sem reajuste salarial enfermeiros não descartam greve na Capital

Assembleia será feita na próxima semana

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Assembleia será feita na próxima semana

Sem reajuste salarial enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem que trabalham na rede municipal de saúde de Campo Grande não descartam greve. Na próxima semana a categoria participa de assembleia e a possibilidade será discutida entre os profissionais.

O presidente em exercício do Sinte PMCG (Sindicato dos Trabalhadores da Enfermagem da Prefeitura de Campo Grande), Ângelo Evaldo Macedo, disse em entrevista ao Jornal Midiamax, que a categoria buscou apoio na Câmara Municipal e espera um posicionamento até o fim da tarde desta sexta-feira (1º).

“Vamos convocar assembleia para definir os caminhos a serem trilhados. Não podemos tomar nenhuma postura sem ouvir a base. Estou aguardando porque tivemos uma conversa com a Câmara e esperamos que o prefeito se sensibilize e reveja a situação do profissional de enfermagem e consiga viabilizar algo de encontro com anseio da categoria”, diz o presidente do sindicato.

Técnico de enfermagem há oito anos, o servidor o funcionário público que preferiu não se identificar reclama da situação vivenciada pelos profissionais de saúde.

“Levamos a saúde nas costas improvisando materiais que faltam para não deixar de atender pacientes necessitados. Somos nós que estamos ali quando alguém chega passando mal. Somos nós que estamos nas madrugadas atendendo pessoas graves enquanto políticos em suas camas confortáveis. Somos nós que deixamos nossas famílias a noite para cuidar do ente querido infartado.  Somos nós que estamos prontos para qualquer situação de emergência. Meu sentimento é de desapontamento por que trabalhamos tanto sem reconhecimento”, declara o servidor.

Conforme informações do Sinte-MS, Campo Grande conta com aproximadamente 1.400 enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. O salário base dos profissionais varia entre R$ 1.243,00 e R$ 2.067,00 para 40 horas semanais. A assessoria de comunicação da Prefeitura diz que devido a lei eleitoral não é possível conceder reajuste à categoria. 

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