Carta de Censura foi elabora em assembleia-geral

Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) ainda não conseguiram por fim à negociação do reajuste salarial de 2015 e 2016. Na última reunião com a Prefeitura de Campo Grande, o clima ficou tenso e as vozes se alteraram, sendo ouvidas mesmo com as portas do Plenarinho fechadas. E depois de muita conversa, a decisão foi de esperar mais, pelo menos dois dias, para que o Executivo entrasse em acordo com o MPE (Ministério Público Estadual) para retirar os pagamentos de entidades sem fim lucrativo da folha de pagamentos, conseguindo assim repassar o reajuste sem infringir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Passado o prazo e sem sinalização da Prefeitura, a categoria decidiu radicalizar, aderindo a um ‘Informe de Censura’, criado pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), que entre os tópicos, orienta que os professores evitem ‘curtir, postar e compartilhar as ações da atual gestão pois gera propaganda gratuita”.

O presidente Lucílio Souza Nobre tentou amenizar o tom da recomendação, explicando que o pedido é para que a categoria evite divulgar materiais que vão contra as revindicações de reajuste. “Na verdade não queremos fortalecer falar e afirmações de que a Prefeitura está cumprindo a lei, porque não está. Então o pedido é nesse sentido. Não é uma censura ao prefeito e sim a conteúdos que nos prejudiquem”, afirmou.

O informe também prevê divulgação da carta aberta a população campo-grandense, notas de repúdio ao descumprimento da lei, vinculadas em tevês, rádios, jornais e redes sociais e adesão a greve nacional dos dias 15,16 e 17 de março. E para demonstrar a insatisfação da categoria, o informe recomenda o uso continuo de camisetas pretas.