Paralisação de educadores já persiste há 41 dias

A greve dos educadores de , município a 228 quilômetros de Campo Grande, entrou nesta terça-feira (2) no 41º dia e sem previsão para acabar. Durante a manhã, professores e servidores administrativos da educação municipal fizeram assembleia e decidiram continuar de braços cruzados porque não saíram satisfeitos da reunião de segunda-feira (1) com o prefeito Murilo Zauith (PSB).

O encontro de ontem entre representantes do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados) e o gestor municipal foi o primeiro desde que a greve teve início. Até então, Zauith condicionava qualquer tipo de negociação à suspensão do movimento grevista. Mas não houve avanço.

“Numa das poucas vezes em que falou, antes de deixar a reunião que terminou sem sua presença, Murilo pediu que a categoria confiasse nos servidores que compõem a gestão. Ele afirmou que o impasse com a educação se daria porque não há uma relação de confiança entre a categoria e o poder executivo. O prefeito saiu e pediu que o SIMTED procurasse os técnicos da prefeitura afim de debater os números e iniciar uma negociação”, informou o Sindicato.

Presidente do Simted, Gleice Barbosa cobra transparência da gestão municipal. Ela afirma que os trabalhadores da educação querem acesso às planilhas orçamentárias nas quais o prefeito busca respaldo para alegar falta de recursos financeiros e incapacidade para cumprir os acordos de valorização salarial firmados em 2014.

“O SIMTED deixou claro durante o encontro que os trabalhadores e trabalhadoras em Educação necessitam de uma proposta oficial e uma prestação de contas detalhada para estarem convencidos de que a negociação avance concretamente”, pontuaram os grevistas.

Antes do rápido encontro com os educadores, Zauith havia reunido servidores municipais no auditório da prefeitura para “reafirmar o compromisso com a implantação e o pagamento das tabelas fixadas como parte do PCCR, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do funcionalismo público”, conforme relatado por assessores.

Os grevistas da educação afirmam que essas promessas de implementação do PCCR e pagamento de reajuste para outubro próximo já haviam sido feitas anteriormente, mas contrariam compromisso firmado pelo prefeito ainda em 2014. “O sindicato espera que a administração, agora, busque diálogo novamente para aprofundar as tratativas sobre o impasse e possibilidades de cumprimento das leis da Educação. Os compromissos não honrados vêm prejudicando trabalhadores e trabalhadoras no Ensino Público”, argumentam.