Funcionários da Seleta e Omep fazem protesto na Capital

Em torno de dois mil funcionários da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (Omep) e Sociedade Caritativa e Humanitária (Seleta), que prestam serviços como terceirados a Prefeitura de , estão reunidos em frente a Prefeitura de Campo Grande em protesto contra a demissão em massa de 4 mil funcionários.

A manifestação começou às 8 horas de hoje, percorreu a Avenida Afonso Pena em direção ao Paço Municipal. O ato não teve colaboração da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e o fluxo no local está desorganizado. Até agora, nenhum funcionário foi demitido, mas estão impedidos de realizar as atividades em seus postos de trabalho. Esse é o terceiro movimento organizado pela categoria desde o último sábado contra a decisão judicial do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais de Campo Grande para que  os convênios com as entidades sejam interrompidos.

Os trabalhadores sustentam cartazes de repúdio ao judiciário do Estado e a administração municipal, e se defendem da acusação do Ministério Público do Estado· “Não somos fantasmas”. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) teria descoberto uma rede de trabalhadores fantasmas que deveriam prestar serviço ao município, eram remunerados, não compareciam ao trabalho. Pelo menos 180 funcionários faziam parte do esquema.

 A preocupação dos trabalhadores neste fim de ano, é com o desemprego e as dificuldades em receber da prefeitura, levando em consideração à crise financeira do município, O advogado da Seleta, José Amilton de Souza, assegurou que o pagamento das rescisões é de responsabilidade da prefeitura, e grávidas e trabalhadores com auxílio doença terão direito a estabilidade de emprego. “Pedimos para que os trabalhadores não assinem nada, e peçam cópia dos documentos para que não sejam prejudicados”, avisou.

Neste momento, o prefeito Alcides Bernal e o Procurador do Município, Denir Nantes, estão reunidos para acertar os detalhes para recorrer da decisão do justiça. Os trabalhadores começaram a ser desligados de suas atividades nesta segunda-feira, e uma série de serviços oferecidos foram suspensos. O encerramento do calendário da rede municipal de ensino foi antecipado, e unidades de assistência social está sem efetivo para continuar funcionando.

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