MPE-MS abriu dois inquéritos civis contra produtor
Duas fazendas do fazendeiro Evaldo Furrer Matos, preso na segunda fase da Operação Lama Asfáltica, viraram alvo de investigações em inquéritos civis do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), por suspeitas de crimes ambientais. As investigações foram divulgadas nesta quinta-feira (18) pelo órgão.
Os trabalhos de Evaldo são investigados na Fazenda Bom Retiro, em Rio Verde do Mato Grosso, por suspeitas de queima de material lenhoso sem autorização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), e também por indícios de supressão vegetal sem autorização na Fazenda Primavera
Evaldo é um dos que foram presos no dia 10 de maio na segunda fase da operação Lama Asfáltica, denominada Fazendas de Lama. O fazendeiro foi preso pela Polícia Federal em outra propriedade sua, em Rio Negro, e permaneceu apenas quatro dias em cárcere, quando foi liberado no dia 14.
Segundo o jornal Tribuna do Pantanal, Evaldo possui sete propriedades rurais em todo o Estado, incluindo as de Rio Negro e Rio Verde de Mato Grosso do Sul.
Fazendas de Lama
A segunda fase da Operação ganhou o nome de Fazendas de Lama porque, segundo a PF e a Receita Federal, os envolvidos lavavam o dinheiro desviados das obras e contratos com o governo, comprando propriedades rurais e gado.
Apenas em Mato Grosso do Sul foram detectados 66 mil hectares em fazendas que teriam sido compradas pelo grupo, nos municípios de Rio Negro, Corumbá, Aquidauana, Anastácio, Jaraguari e Figueirão, além de propriedades em cidades no interior paulista.
(Sob supervisão de Evelin Araujo)