Prefeitura não paga Santa Casa e sofre terceiro pedido de bloqueio de bens

Repasse para pagamento do 13º salário não foi efetuado

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Repasse para pagamento do 13º salário não foi efetuado

Prefeitura de Campo Grande teve o terceiro pedido de bloqueio de bens protocolado. Desta vez o motivo foi a falta de pagamento do repasse enviado pelo Ministério da Saúde. A verba, em torno de R$ 13 milhões, deveria ser destinada ao pagamento do 13º salário dos funcionários da Santa Casa de Misericórdia. Além disso, outros R$ 20,7 milhões não foram repassados.  

Nesta quinta-feira (22), cerca de 350 profissionais de enfermagem decidiram interromper as atividades por duas horas em protesto contra o atraso do benefício. 

De acordo com o presidente do Sintesaúde (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Mato Grosso do Sul), Osmar Gussi, profissionais dos setores de radiologia, enfermagem, farmácia e administrativo participam da manifestação no pátio do hospital.

“Se não tivermos nenhum posicionamento, amanhã faremos uma manifestação na frente da Prefeitura. O repasse já foi feito e se não pagarem até o dia 31 de dezembro esse dinheiro será perdido”, explica.

A assessoria de comunicação da Santa Casa confirma que a verba do Ministério da Saúde foi depositada nessa quarta-feira (21), mas o valor não foi repassado ao hospital e até o momento não há previsão de pagamento. 

Ontem o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), convocou a categoria para uma paralisação e os serviços foram reduzidos. Hoje 30 % dos profissionais de enfermagem participam do movimento. 

O hospital também está sem contrato com a Prefeitura desde o último dia 8. O prazo dado pela promotora de Justiça Filomena Aparecida Fluminhan, para que o acordo fosse renovado, venceu nessa terça-feira (20). 

A assessoria de comunicação da Santa Casa afirma que alguns dos serviços oferecidos pelo hospital podem ser interrompidos, porém, não há mais informações a respeito.

Bloqueios de bens – 

A primeira a anunciar que iria acionar à Justiça contra o Município foi a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), no mesmo dia, o presidente do HCAA (Hospital de Câncer Alfredo Abrão), Carlos Coimbra também informou que recorreria ao poder judiciário para que o repasse de R$ 1,8 milhão fosse efetuado na conta do hospital. 

Conteúdos relacionados