Estado ainda espera recursos da União para reconstruir quase 90 pontes

As fortes chuvas que caem em Mato Grosso do Sul, desde o final de 2015, já acumularam estragos e destruição, que até agora já consumiram R$ 70 milhões dos cofres governo estadual. Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), as chuvas já são as piores dos últimos 40 anos.

“Tivemos a maior precipitação pluviométrica dos últimos 40 anos, e isso tem atrapalhado as equipes de manutenção. Temos mais de 29 equipes paradas”, revelou o governador durante agenda pública na manhã desta segunda-feira (29).

De acordo com o governo, em todo o Estado 32 cidades decretaram situação de emergência em virtude das fortes chuvas. No começo deste mês, prefeitos e administração estadual assinaram um convênio para distribuição de combustível e maquinário para reconstrução de rodovias e estradas vicinais, destruídas ou danificadas, para garantir o escoamento da produção e o transporte escolar dos alunos que moram nas zonas rurais atingidas.

Apesar dos estragos, o governador comemorou o fato das chuvas só terem causado danos materiais. “Não tivemos nenhuma vitima e quando a chuva parar, o Estado reconstrói. Estamos buscando parceria com o Governo Federal principalmente nas pontes, já iniciamos os processos de combate às erosões em Naviraí,  Juti, Novo Horizonte do Sul e Tacurú, são mais de R$ 70 milhões para essas equipes”, declarou Reinaldo.

A espera do tucano pela União, é por recursos para reconstrução ou substituição de quase 90 pontes, boa parte delas de madeira, que ficaram total ou parcialmente destruídas com as chuvas.

“Se tivermos essa parceria podemos atender com mais rapidez. O problema é que a chuva não para. Acredito que nos próximos dias, feito uma estiagem, o Estado tem plenas condições de retomar as frentes de trabalho e recuperar as rodovias destruídas pelas enchentes”, finalizou.

Enchentes

Neste final de semana, a forte chuva que caiu na região do sul do Estado, fez transbordar o rio Dourados, o que interditou parte da pista da BR-163, entre as cidades de Dourados e Caarapó.

Em Bela Vista, as fortes chuvas subiram o nível do Rio Apa, o que obrigou mais de 40 famílias a deixarem suas casas.  Em Jateí, o início das aulas da rede estadual de ensino teve que ser adiado, uma vez que os alunos não tiveram transporte escolar para irem às escolas.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, além das pontes, milhares de quilômetros de estradas no extremo sul do Estado também foram destruídos pelas chuvas.