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Cotidiano

Parada LGBT leva milhares de pessoas ao centro de Campo Grande

De forma performática, direitos e visibilidade são reivindicações
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De forma performática, direitos e visibilidade são reivindicações

A 15ª Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) levou cerca de 3 mil pessoas ao centro da Capital neste sábado (26). O evento – que une política, performance e festa – concentrou-se na Praça Ary Coelho e, agora, as pessoas seguem em marcha, que terá diversas atividades durante o Show da Diversidade.

A Parada, para a comunidade LGBT, é uma forma de reivindicar a garantia de direitos conquistados, a ampliação desses direitos e a luta pelo respeito, através da visibilidade. Trio elétrico, faixas com palavras de ordem contra projetos que atacam os direitos LGBT são algumas das performances encontradas ao longo da marcha.

A concentração já mostrava que a diversidade vai além do gênero e da sexualidade: famílias, artistas, drags, jovens e idosos, todos uniram, nessa tarde de sábado, a reivindicação por mais visibilidade. Uma das jovens vai pela primeira vez neste sábado ao evento. Homossexual assumida, ela, de 24 anos, no entanto, ainda teme a reação dos pais, que não sabem de sua sexualidade. A web designer acredita que o modo “como se veste” a blinda de sofrer discrminação.”Pretendo contar a eles [pais], mas ainda não sei quando”, explicou.

Lucas Santos tem apenas 21 anos, ele assumiu, publicamente, a própria sexualidade há poucos meses.”Descobri há muito tempo que era homossexual, mas acho que eu sempre soube, eu saí do armário há alguns meses”. A família que o apoia, ajuda para que Lucas sinta-se acolhido. “O evento é importante porque os LGBTs precisam ocupar os espaços”, conta. Lucas ocupa o espaço da Parada pela primeira vez.

O aposentado Mário Vila Nova, que assumiu a sexualidade há 20 anos, marca presença em todos os eventos.”Desde o primeiro evento, já foi conquistado um pouco mais de respeito e diminuiu a violência contra essa população”. “Ainda falta muito”, conta.

 

Faixa de protesto contra a lei municipal da mordaça (Luiz Alberto)

 

Já o funcionário público José Leite, 58, lembra que o momento indica maior conservadorismo.”Tem tanta coisa ruim acontecendo, a parada representa uma reivindicação, cresceu muito o número de pessoas que estão assumindo. As pessoas preconceituosas tem que aceitar e ver que fazemos parte de um contexto”, explica. Apesar de conviver bem com a própria sexualidade há anos, José lembra que, o preconceito e a discriminação causam, em alguns momentos, tristeza.

Marlene Rozendo dos Santos, que fez questão de dar visibilidade ao apelido ‘boy’, 44 anos é garçonete e também comparece ao evento todos os anos. “É a época que tenho mais liberdade, assumi há 23 asnos e o mais difícil foi a minha mãe, que aceita, mas ainda é resistente”, explicou ela. Marlene acredita que, ainda que seja mulher, a dificuldade ao lidar com a discriminação é igual entre homens e mulheres homossexuais.

“Seja o que for, se for com dignidade e respeito, não terá problemas”, declara.

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