Grupos reivindicam reforma agrária

Os movimentos de trabalhadores rurais sem-terra desfizeram três dos cinco pontos de bloqueios nas rodovias federais, que haviam sido montados na manhã desta quarta-feira (27), em Mato Grosso do Sul. 

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que a BR-262, (Km-371 em Terenos), BR-262 (Km-232 em Ribas do Rio Pardo) e a BR-463 (km-7 em Dourados) foram liberadas por volta das 11 horas. 

Na BR-267 (Km-136 em Nova Casa Verde) o congestionamento chegou a dez quilômetros e a liberação marcada para as 12 horas, mas até o momento da publicação desta reportagem, permanecia interditada. Na BR-163 (Km-104 Naviraí) o trânsito foi liberado por 15 minutos, no sentido sul, mas voltou a ser bloqueado. 

Participam dos protestos o MST, MCLRA (Movimento Camponês de Luta Pela Reforma Agraria), Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do MS), CUT, (Central Única dos Trabalhadores)  MSTB(Movimento sem Terra Brasileiro), Ligas Camponesas, OLT (Organização de Luta pela Terra) e LUTAS.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição da direção Estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras), não há previsão de término do bloqueio e vai depender da negociação do movimento com o governo Federal, que acontece em Brasília. 

A manifestação é realizada em todo o Brasil e além da reforma agrária em si, os sem-terras reclamam que a assistência técnica nos acampamentos está parada desde que o presidente interino Michel Temer assumiu e do fim do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário). 

No dia 28 de junho, os sem-terras bloquearam trechos da BR-262 em Terenos; 163 em Rio Brilhante e Rio Verde; 141 em Ivinhema e na BR-267. No mesmo dia, eles ocuparam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande.