Senhas acabam às 12h e mulher chegou às 12h12
Mesmo após confirmação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) sobre a presença de pediatras no Vila Almeida, a acadêmica de fisioterapia Paula Natalia da Silva Leão, de 26 anos, não conseguiu atendimento na tarde desta terça-feira (21), para a filha de três anos diagnosticada na noite ontem (20), com pontada de pneumonia. A jovem informou que gastou duas horas, no trajeto que envolve quatro ônibus e por causa de 12 minutos de atraso não conseguiu atendimento.
Com a filha ‘ardendo’ em febre, Paula relatou ao Jornal Midiamax que antes de sair de casa ligou para Samu para saber onde teriam pediatras. Porém, a jovem não sabia que os atendimentos pediátricos no Vila Almeida, vão até às 13h e as fichas são feitas até às 12h.
“Um descaso total com a gente. Liguei no 192 perguntei onde tinha médico e falaram que no Coronel Antonino e no Vila Almeida. Peguei quatro ônibus do Campo Nobre até o Vila Almeida e cheguei 12h12. Eles alegaram que não tem mais médico e eu estou com a minha filha com 38.4 de febre, que ontem foi diagnosticada com pontada de pneumonia e hoje teria que retornar para a médica passar antibióticos. Mas vim dessa distância para chegar aqui e eles falarem que não tem mais médico e que não tem como atender minha filha”, disse a mãe.
Desesperada com a situação, Paula telefonou novamente para o Samu, que informou atendimento de pediatras no UPA Universitário. “Dei dipirona para minha filha e foi o que abaixou um pouco a febre, agora estou indo para o Universitário para ver se consigo ser atendida”, disse.
O Jornal Midiamax indagou a assessoria da Prefeitura para saber qual método de atendimento nas UPAs e é correto a distribuição de senhas no Pronto Socorro, mas até a publicação da matéria não obteve respostas.
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