Liderança indígena ferida em confronto teve piora do quadro e passou por cirurgia
Quatro dos cinco feridos passaram por procedimento cirúrgico
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Quatro dos cinco feridos passaram por procedimento cirúrgico
Norivaldo Mendes, de 37 anos, liderança indígena da etnia Guarani-Kaiowá, que foi ferida em um conflito entre os índios e produtores rurais em Caarapó, distante 273 quilômetros de Campo Grande, teve uma piora no quadro de saúde e passou por um procedimento cirúrgico para colocação de um dreno no tórax. Ele está internado no Hospital da Vida, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com o enfermeiro e superintendente do Hospital da Vida, Genilvaldo Dias da Silva, com a realização do procedimento, Norivaldo não corre mais risco de morte. Até o momento, quatro dos cinco feridos no confronto precisaram passar por cirurgia. Conforme o superintendente, todos os feridos estão se alimentando sozinhos, conseguem se movimentar pelo quarto, mas ainda não há previsão de alta médica para eles.
Os outros feridos são um menino de 12 anos, que foi atingido com um tiro na barriga. Ele foi operado e já está consciente. O garoto teve lesões no estomago, intestino e rim. Jesus de Souza, de 29 anos, também ferido na barriga passou por cirurgia está consciente. Libesio Marques Daniel, de 43 anos, levou quatro tiros e foi ferido no tórax, barriga e cabeça. Ele não precisou passar por cirurgia e está consciente. Valdilio Garcia, de 26 anos, foi ferido com um tiro no tórax e passou por cirurgia para a instalação de um dreno.
Os indígenas sido feridos a tiros estão sendo acompanhados pelo MPF (Ministério Público Federal), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e Funai (Fundação Nacional do Índio).
Confronto
Confronto entre índios e fazendeiros em Caarapó causou a morte do indígena Cloudione Rodrigues Souza, de 26 anos, na tarde da terça-feira (14). Ele era agente de saúde indígena e foi morto a tiros.
O confronto deixou feridos seis índigenas e três policiais militares. Eles foram até o local para ajudar os bombeiros no socorro às vítimas. Segundo a Polícia Militar, os agentes teriam sido espancados e feitos de reféns pelos índios.
Os cerca de 600 indígenas da etnia Guarani-Kaiowá estão, desde o último domingo (12), ocupando a fazenda. A área reivindicada faz parte, segundo a comunidade, do território Tey’i Juçu e fica ao lado da aldeia Tey Kue.
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