Delegacia se reuniu para debater a situação
Medo e insegurança são sensações que têm predominado entre os usuários que ainda insistem em frequentar o Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Com inúmeros relatos de roubos, assaltos, brigas entre grupos rivais e até arrastão, quem passa pelo local afirma que o lugar, ponto turístico da Capital, virou o “parque da insegurança”.
Para dona de casa Adriana Ramos, de 39 anos, nunca foi tão válido o ditado que diz ‘é melhor prevenir, que remediar’. Ela conta que depois de saber da onda de crime no parque, começou a tomar medidas para evitar chamar a atenção de pessoas má intencionadas.
“Hoje mesmo minha filha pediu para que eu tirasse uma foto dela, mas tive medo de tirar o celular do bolso. Além disso, já estacionei meu carro bem em frente ao portão pra poder ir embora rápido”, revela.
Contudo, nem mesmo as ruas da região do Nações indígenas podem ser consideradas seguras e carros estacionados também acabam se tornando alvos de bandidos. Nesta quarta-feira (5), nem mesmo o automóvel de um coronel da Polícia Militar se livrou. Estacionado na região do Parque dos Poderes, o vidro lateral traseiro do veículo foi quebrado e pastas com documentos foram levadas.
Para Alexandre Louveira, de 33 anos, um dos frequentadores do parque, a falta de policiamentos e iluminação são fatores que encorajam ações criminosas. “A área é mal iluminada e aqui deveria ter policiamento ou algum outro tipo de segurança, aqui é muito aberto e não vemos ninguém viagiando”, afirma.
Falta de segurança foi um dilema sentido pelo estudante de direito Jean Ramalho, de 24 anos. No começo do ano, enquanto fazia caminhada, o jovem teve o vidro do carro quebrado e pertences pessoais furtados. “Fiquei desacreditado ,em plena Avenida Afonso Pena”, relata.
Em junho deste ano, dez menores de idade foram apreendidos por equipe da polícia, no momento em que faziam arrastões na região do Parque das Nações Indígenas. O arrastão fez seis vítimas. No dia 26 de setembro outro arrastão foi registrados. Dois adolescentes foram apreendidos depois de roubar e agredir frequentadores do local.
A situação é tão crítica que nesta sexta-feira (7), coletiva Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) vai debater possíveis ações para conter criminosos e infratores que operam na região do Parque das Nações Indígenas.