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Cotidiano

Índios desbloqueiam BR após três horas e cobram agilidade nas demarcações

Trecho da BR-463 foi fechado em protesto de guaranis despejados de fazenda
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Trecho da BR-463 foi fechado em protesto de guaranis despejados de fazenda

O bloqueio feito por indígenas no quilômetro 6 da BR-463, em , a 228 quilômetros de , chegou ao fim. Após a chegada de representante da Funai (Fundação Nacional do Índio) ao local, o grupo de guarnais-kaiowá que protestava decidiu liberar o tráfego de veículos após manifestar pela agilidade dos processos demarcatórios.

Responsável pela Delegacia de Dourados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o inspetor Waldir Brasil informou que o bloqueio teve início às 12h desta sexta-feira (8) e acabou às 15h30. Nesse período, contudo, o trânsito pôde fluir normalmente por outra via. “A gente conseguiu desviar o trânsito pela perimetral”, explicou.

Esse bloqueio foi um protesto feito pelos mesmos índios que na quarta-feira (6) foram despejados da fazenda Serrana, que ocupavam pelo menos desde 2013. Os guaranis reivindicam a área como Tekoha Apyka’i. Mas a 1ª Vara da Justiça Federal já havia expedido mandado de reintegração de posse há 14 meses.

Essa ordem judicial chegou a gerar atrito entre autoridades. Em despacho do dia 14 de junho, o magistrado responsável pelo caso criticou a PF (Polícia Federal) por tanto tempo transcorrido desde a primeira ordem para tirar os índios da propriedade. Ele chegou a dizer que investigaria crime de prevaricação por parte das autoridades caso a reintegração não fosse cumprida em 15 dias.

Na quarta-feira a PF chegou ao local às 6h, acompanhada de equipes da PRF e do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar) de Dourados. Os índios deixaram a fazenda sem resistência, mas logo em seguida voltaram a armar seus barracos na outra margem da rodovia, de frente para a terra que reivindicam a posse.

Desde 1999 os guaranis tentam retomar o território que apontam ser de seus antepassados, expulsos dali definitivamente em 1980. A fazenda Serrana, por sua vez, passou a ser ocupada em 2008, já que os índios não aguentavam mais contabilizar irmãos mortos por atropelamento – foram oito óbitos na rodovia federal. 

Entidades ligadas à causa indígena informam que a Funai constituiu recentemente um grupo de trabalho para atuar na de territórios indígenas nessa mesma região. Procurado pela reportagem, o coordenador regional da Fundação em Dourados, Vander Nishijima, disse que não pode ir ao local do protesto. O servidor indicado por ele como provável intermediador das negociações não foi encontrado para comentar o caso.

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