HU não efetua repasses e mais de 300 funcionários ficam sem receber

Trabalhadores da Maximus e Luppa estão sem pagamento

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Trabalhadores da Maximus e Luppa estão sem pagamento

Mais de 300 funcionários das empresas Luppa e Maximus, que prestam serviços ao Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, estão sem receber o pagamento referente a novembro. De acordo com os trabalhadores e com o presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação), Wilson Gomes da Costa, os empregadores justificam não terem recebido os repasses.

Segundos as informações, o pagamento deveria ser efetuado no quinto dia útil de dezembro. Até esta terça-feira (13) são sete dias de atraso, porém, nenhuma paralisação das atividades foi confirmada. 

“É revoltante porque a gente trabalha muito. O serviço é pesado, acordamos cedo para trabalhar e não receber. As contas estão todas atrasadas. Saímos da Douraser que não pagava e entramos em outra empresa que está do mesmo jeito. Eles dizem que o hospital não fez o repasse, mas tinham de ter o dinheiro em caixa”, observa uma funcionária da empresa Luppa, que preferiu não se identificar.

Empregados da Maximus, responsável por serviços de infraestrutura, nutrição, banco de leite e maquinários, afirmam que estão em situação ainda pior. De acordo com os relatos, além do salário que não foi pago, a primeira parcela do décimo terceiro salário, que deveria ser paga até o dia 30 de novembro, também não foi depositada. 

“Fica um jogo de empurra. A empresa fala que é o hospital que não repassa e o hospital fala que é a empresa que não paga. Ficamos sem saber. As contas estão todas atrasadas. Pensamos em paralisar, mas nem isso podemos fazer”, lamenta a trabalhadora que também pediu para não ser identificada.

Em junho deste ano, funcionários da empresa chegaram a paralisar as atividades por falta de pagamento.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com responsáveis da Luppa,  empresa de asseio e conservação que tem sede em Cuiabá, mas não conseguiu contato.

Já o supervisor da Maximus, Alex Vilagra, justifica estar aguardando pagamento do Hospital Universitário para que os salários dos trabalhadores sejam depositados.

“Até o momento o hospital não fez o pagamento para a empresa. O financeiro que faz o pagamento para a Maximus ficou de me dar um posicionamento ontem, mas o responsável está internado e volta a trabalhar só amanhã. Estamos esperando”, declara.  

Wilson Gomes da Costa diz que entrou em contato com o setor de administração de ambas as empresas e foi informado de que o pagamento será realizado no próximo dia 15. O sindicato vai esperar o prazo antes de tomar alguma medida a respeito dos atrasos. 

“Falamos com representantes das empresas e eles afirmam que farão o pagamento na quinta-feira porque não receberam da universidade. Já existe ação na justiça sobre os atrasos nos pagamentos. Falaremos com o nosso jurídico para saber o posicionamento do judiciário a respeito da situação. Os atrasos são constantes”, afirma o presidente do Steac-MS.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Universitário para saber o posicionamento a respeito da situação, mas até o fechamento deste texto não houve retorno.

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