Sindicato minimiza e diz que problemas já foram solucionados

Revoltado com as condições de trabalho que os guardas municipais são submetidos nos novos loteamentos da Prefeitura, onde foram transferidos os ex-moradores da Cidade de Deus, um guarda municipal procurou o Jornal Midiamax para denunciar a situação.

O servidor, que pediu sigilo de seu nome, diz que pesar de as transferências terem se iniciado no mês passado, até o momento eles trabalham sem condições alguma. “Desocupação da favela Cidade de Deus aconteceu, mas guardas municipais ainda estão trabalhando no local sem condição nenhuma. Dividiram os guardas para puxar expediente chegando até 24 horas de trabalho”, diz.

Ele reclama ainda da falta de higiene, de refeição e até de água para beber. “Locais sem nenhuma higiene, sem água, refeição uma vez por dia e de péssima qualidade”, diz.

Segundo o trabalhador, os loteamentos do Jardim Canguru e do Vespasiano Martins são os que tem pior qualidade. “Uma barraca no meio de um mato, suja, sem água, cama que cachorros dormem em cima”, relata.

E finaliza questionando a finalidade de estarem ali. “Guardas não sabem qual a sua verdadeira função, pois a principio estão cuidando uma barraca, simplesmente isso”, diz.

O presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande, Hudson Bonfim, rebate e diz que no inicio da ocupação dos loteamentos foram constatadas “algumas coisa que não são normais em unidades de posto”. E que, inclusive, encaminhou denúncias ao MPT (Ministério Público do Trabalho).

Entretanto, depois a condições foram se normalizando e agora o trabalho está sendo rotativo. “Não há mais necessidade de dormir lá. Denuncia infundada. Viaturas vai fazer os trabalhos. Faz o patrulhamento nas viaturas. O problema é que os guardas que foram para lá, são guardas de postos e não estão acostumados ao trabalho mais ostensivo, preventivo. Alguns sentiram dificuldade devido ao trabalho operacional que faziam”, minimiza.