de servidores da Prefeitura aconteceu em abril

Os servidores administrativos da educação municipal, que entraram em greve em abril, tiveram os dias parados descontados da folha de pagamento. Os descontos estão sendo realizados desde maio desde ano, já que nem todas as folhas de frequencia dos grevistas foram encaminhas à Prefeitura ao mesmo tempo. 

O Jornal Midiamax já havia noticiado o problema dos servidores em maio deste ano. Neste mês, novas reclamações foram feitas. De acordo com servidores, que preferiram não se identificar, algumas diretoras de escolas ‘seguraram' a folha de presença dos grevistas. Mas, no último mês, foram pressionadas a mandarem a documentação à Semed (Secretaria Municipal de Educação). Com isso, quem ainda não tinha tido o salário descontado, foi sacar o pagamento neste mês e viu a conta zerada. 

Conforme umaa servidora, para piorar a situação, a Prefeitura não está liberando os holerites, “nem do mês passado e nem deste, pois a Semed alega que como não tem salário, não tem por que ter holerite. O que nos impede, inclusive de fazer empréstimo consignado, pois para fazer este empréstimo precisamos do último holerite”, reclama. Para fazer o empréstimo, são necessários os holerites dos últimos três meses. 

Com relação ao holerite, a Prefeitura garantiu, por meio de nota, que o documento pode ser obtido no portal do servidor, no site da Prefeitura. Porém, conforme imagem encaminhada pela servidora, não é possível acessar pela internet. Na imagem é possível ver que não há o número 71 nos últimos meses (o número se refere, segundo a servidora ao pagamento). Só aparece o número 65, que se refere ao vale-alimentação.

Ainda segundo a denúncia, uma audiência de conciliação entre o sindicato e a Prefeitura deve ser realizada ainda na primeira quinzena deste mês. “Tem uma audiência no dia 14 referente a estes descontos, pois a greve não foi considerada ilegal, porém mesmo assim ele descontou novamente todo o salário dessas pessoas que ficaram de greve”, diz a servidora. Grevistas têm salários cortados e dizem ter ficado também sem consignado

Por fim, para piorar de vez a situação dos servidores, consta que por conta das faltas injustificadas, até o momento, os grevistas também vão ficar sem férias em janeiro. 

Greve

A greve por reajuste nos salários durou 37 dias e após o corte de ponto dos servidores, o sindicato da categoria entrou na Justiça. A Prefeitura já justificou a previsão legal para os descontos, por haver prejuízo à prestação do serviço à população e afirmou que o critério foi a ausência no local de trabalho.