Greve dos educadores completa uma semana sem previsão para acabar
Sindicato da categoria diz que não houve avanços nas negociações
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Sindicato da categoria diz que não houve avanços nas negociações
Deflagrada na quinta-feira (23), a greve dos Educadores de Dourados, a 228 quilômetros de Campo Grande, completa hoje (30) uma semana. Nesse período, foram afetadas aulas de 28 mil estudantes da rede municipal de ensino. Mesmo assim, a prefeitura não apresentou propostas aos professores e servidores administrativos, que não apresentam qualquer previsão para acabar com o movimento.
Nesta quinta-feira, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados) promove nova assembleia. Presidente da entidade sindical, Gleice Barbosa avalia que não houve avanços nas negociações com a administração do prefeito Murilo Zauith (PSB).
“Identificamos que o governo municipal não está cumprindo com os 25% da educação obrigatório pela Constituição. Estamos discutindo e esclarecendo isso agora aqui no sindicato”, informou Gleice ao Jornal Midiamax.
A fala da líder sindical rebate os argumentos apresentados até agora pela prefeitura, que alega falta de recursos para cumprir acordos de valorização profissional firmados em 2014 com os educadores. Naquele ano, duas greves foram deflagradas.
Em recente entrevista ao Jornal Midiamax, o secretário municipal de Agricultura Familiar e Economia Solidária, Landmark Ferreira Rios, alegou que a prefeitura sempre esteve aberta ao diálogo e informou que o prefeito quer a greve suspensa para poder negociar.
O secretário disse ainda que, das reivindicações feitas pelos educadores, faltam apenas 20% de incorporação da regência e 1/5, compromissos que devem ser cumpridos até outubro. “Os números estão à disposição do sindicato para eles analisarem e verem o impacto na folha do município. O prefeito está com responsabilidade muito grande sobre o comprometimento da folha que ele vai entregar para o próximo gestor”, ponderou.
Mas a presidente do Simted afirma que os servidores administrativos da Educação estão há dois anos sem sequer reposição inflacionária nos vencimentos. E os professores aguardam a incorporação do Adicional de Incentivo ao Magistério Municipal e o pagamento do percentual da diferença do Piso para 20 horas em outubro, negociado durante a greve de 2014 e previsto em lei desde então, segundo a líder sindical.
Desde que a greve foi deflagrada, são afetados 28 mil estudantes matriculados em 45 escolas municipais e 35 centros de educação infantil, os Ceims, que compõem a rede municipal de ensino. O Simted diz que quase 20 dessas unidades educacionais já chegaram a ficar totalmente paradas; a prefeitura contesta, e aponta paralisação total em apenas oito escolas.
Na terça-feira (28), o Simted foi notificado pelo Imam (Instituto do Meio Ambiente de Dourados) por poluição sonora durante protesto na prefeitura. Ao longo da greve, são seguidas as manifestações no CAM (Centro Administrativo Municipal), próximo ao gabinete do prefeito.
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