Além de uma morte, seis ficaram feridos em conflito

A Funai (Fundaçao Nacional do Índio), em Mato Grosso do Sul, vai recorrer da decisão do juiz Janio Roberto dos Santos, titular da 2ª Vara Federal de Dourados, que deu o prazo de 20 dias para que as famílias guaranis-kaiowá deixem a , em , município a 272 quilômetros de Campo Grande.

“Vamos tomar providências jurídicas para que essa reintegração não ocorra. Pelo menos nos próximos 20 dias”, disse o coordenador substituto da Funai de Dourados, José Vitor Dalla Nora.

ATAQUE

No ataque, do dia 14 de junho, além da morte do  Clodiodi de Souza, 26 anos, Jesus de Souza, de 29 anos, foi ferido na barriga e passou por cirurgia em Dourados, Libesio Marques Daniel, de 43 anos, levou quatro tiros, no tórax, barriga e cabeça, Valdilio Garcia, de 26 anos, foi ferido com um tiro no tórax e passou por cirurgia para a instalação de um dreno e um menino de 12 anos, foi atingido com um tiro na barriga, foi operado e segue consciente.

MANDADO DE REINTEGRAÇÃO

O mandado de reintegração de posse expedido na última quarta-feira (6) pela Justiça Federal atende pedido de Silvana Raquel Cerqueira Amado Buainan, proprietária da fazenda na qual alega criar gado e arrendar parte para terceiros explorarem a agricultura. 

A princípio, ela queria evitar invasões, e através do pedido de interdito proibitório, solicitava multa de R$ 100 mil caso isso acontecesse. Mas no decorrer do processo foi constatada nova ocupação, e o magistrado determinou o despejo dos indígenas.

OUTROS CASOS

Esta é a terceira reintegração de posse contra os Guarani e Kaiowa desde o início de julho. As outras duas reintegrações ocorreram em Dourados, e em ambos os casos, os barracos das famílias que estavam nos acampamentos foram destruídos e os Guarani e Kaiowa foram parar na beira da estrada.