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Cotidiano

Frio e chuva trazem novas dificuldades para transferidos da ‘Cidade de Deus’

Casas estão em fase de construção
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Casas estão em fase de construção

Com a chegada do frio a , os moradores de áreas de desfavelamento são a parte da população que mais sofre. Na chamada Cidade de Deus II, localizada no bairro Vespasiano Martins, as famílias tiveram que lidar com diversos problemas causados pela queda da temperatura, pelo frio e pela chuva, na madrugada entre a terça-feira (26) e quarta-feira (27).

No local, onde as moradias estão sendo levandadas, as noites ainda são passadas em barracos de lona e madeira, frágeis aos efeitos do tempo.

A diarista Amanda Dantas de Oliveira, 22, conta que levou um susto nesta madrugada. “Não sei como meu barraco está de pé. Se tivessem pelo menos colocado o teto, dava pra entrar. A entrega das casas é pra daqui a dois meses”, diz. Ela tem duas filhas, uma de dois anos e outra de um, e deixou a mais nova com a mãe, devido à chuva.

Júnior Rojas de Arruda, 21, que trabalhava no lixão e atualmente está desempregado, fala sobre a falta de recursos. “Muito frio, . Estamos precisando de roupa. Casaco, calçado… agora que foram trazer cobertor aqui pra gente”, afirma.

Maria Lúcia da Silva, 53, teve sua casa invadida pela água da chuva, formando lama no chão. “Foi fria a madrugada, cheio de lama aqui dentro”. A saída dela do lixão, onde trabalhava, não foi muito positiva. “Trabalhava lá. Quando vim, quebrou tudo na mudança. Agora estou só na ajuda do povo”.

Ela vive com duas filhas e uma neta, que tem três anos. Ela ressalta que a criança é quem mais passa por necessidades. “Tá faltando agasalho pra ela”. Maria lembra os perigos da situação em que vive. “É perigoso até ter larva, escorpião… morro de medo”.

Israel da Silva Rodrigues, 24, fala sobre uma poça d’água presente na rua, onde há diversas larvas de mosquitos. “Desde que cheguei, há mais de um mês, tá essa poça aí. Não tem nem o que fazer”.

A conclusão da transferência de famílias que antes viviam na Cidade de Deus, perto do aterro sanitário, no bairro Dom Antonio Barbosa, foi por determinação judicial. O último grupo de famílias foi transferido no dia 1º de abril. Ao todo são cerca de 400 famílias, levadas para 4 áreas, no Vespasiano Martins, Bom Retiro, na Vila Nasser, Teruel, e Canguru.

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