Festa da Farinha de Anastácio corre risco de não acontecer em 2016

Colheita de mandioca está ameaçada com as enchentes

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Colheita de mandioca está ameaçada com as enchentes

A tradicional Festa da Farinha, realizada pelo município de Anastácio em maio, corre os risco de não acontecer este. De acordo com o prefeito da cidade, Douglas Figueiredo, as chuvas que atingem a localidade desde novembro do ano passado poderão prejudicar a colheira da mandioca, matéria prima da produto que nomeia a festa.

O problema é que cerca de 20% do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) do município vem do festejo, que chega a reunir cerca de 60 mil pessoas nos dois dias de festa. Todos os produtores da mandioca utilizada para a festa provém da agricultura familiar, que inicia o plantio em setembro para a colheita em março.

“O solo não pode ficar muito úmido porque a mandioca apodrece. O problema é que a plantação está debaixo d’água depois da enchente. Se a festa for acontecer, talvez tenhamos que importar a mandioca para a festa”, afirmou o prefeito.

Por conta das dificuldades financeira, Anastácio também cancelou o carnaval da cidade, o que vai gerar uma economia de cerca de vai economizar R$ 200 mil. “O repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) caiu cerca de 20%, então vamos eleger outra prioridades. Eu teria que deixar de fazer coisas importantes para fazer o carnaval”, disse. “Vamos manter o desfile com as escola de samba de Aquidauana, mas não vamos montar o palco com as bandas, como costumava acontecer”, concluiu.

Economia ameaçada

Segundo a Prefeitura de Anastácio, pelo menos 500 famílias vivem nos assentamentos e 250 na colônia. Todos dependem da agricultura familiar, com o comércio de queijo, leite e hortifruti para sobreviver. O problema é que a chuva danificou as plantações e as condições da via impedem o escoamento da safra.

Ao todo, 20 famílias ribeirinhas já foram retiradas de suas casas e levadas para a escola municipal Teodoro Rondon ou para casa de familiares. O nível do Rio Aquidauana já chega a 9,30 metros. Apenas um metro abaixo de 2011, quando os municípios enfrentaram uma das piores cheias da sua história, segundo os moradores.

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