Roubos a carros e motos próximos a faculdade são comuns
Estudantes e vizinhos da Anhanguera, antiga Unaes, reclamam da falta de segurança no entorno da faculdade. Conforme relatos, tem se tornado comum roubos a carros e motos que ficam estacionados nas ruas laterais da universidade. A instituição fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, entre as ruas José Maria e Centenário.
Durante o período noturno, muitos alunos deixam motos e carros nas ruas laterais da faculdade, porque o estacionamento além de ser pago, nem sempre tem vagas suficientes para o número de veículos. Com quase nenhum movimento, as duas vias são alvo constantes de criminosos, que aproveitam para saquear os carros.
Uma estudante, que não quis ser identificada, foi testemunha de um assalto na noite da última terça-feira (19). “Eu saí mais tarde de casa e quando eu cheguei, tinha um cara com um carro parado. Ele só tirou a roda da moto, jogou no carro e foi embora. Foi muito rápido”, diz.
Ela diz que ligou para a PM (Polícia Militar), que foi ao local mas não conseguiu chegar a tempo para prender o assaltante. A testemunha não anotou o número da placa do autor do crime.
As reclamações de roubos são frequentes e antigas. Em março deste ano, dois estudantes da mesma universidade tiveram suas motos furtadas na rua José Maria. Na ocasião, quatro assaltantes usaram chaves falsas para furtarem os veículos.
Outro caso ocorreu em 2014, quando bandidos realizaram um arrastão na região nordeste da Capital. Uma das vítimas seria um acadêmico de 21 anos, que ao sair da faculdade percebeu que o veículo estava com o vidro quebrado do lado do motorista. Do seu carro Celta foi levada uma mochila com HD externo, óculos, fone de ouvido, carregador, roupas e mouse.
As constantes denúncias preocupam também os moradores da região, que se sentem coagidos a não saírem de casa e jamais deixar o carro na rua à noite. Os comentários correm soltos pela vizinhança. “A gente escuta os barulhos, né? Esses dias um moço passou de moto, deu um murro em uma mulher e conseguiu pegar coisas de dentro do carro dela. Meu marido que viu, eu não”, conta a dona de casa Rose Silva.
Valderli Correia de Lima, dono do lava-jato Aquaman, que também funciona como estacionamento, e fica próximo à universidade, diz que por causa da insegurança, o estabelecimento fica lotado no período noturno. Ele, que trabalha no lugar há nove anos, diz que o policiamento diminuiu nos últimos meses e, por isso, o aumento dos crimes.
Mesmo que os furtos ocorram, em sua maior parte, durante à noite, estudantes de cursos matutinos também se sentem inseguros. É o que diz a acadêmica de administração Caroline Feitosa. “Eu me sinto completamente insegura. Tanto que eu só deixo a minha moto bem na frente da universidade, que o movimento é maior e não tem perigo”.
O acadêmico Pedro Rossi se sente da mesma forma. “Você tá andando e não pode nem andar com o celular na mão, com medo de assalto. Já teve roubo de uma moto bem aqui na frente, e não era nem 10h da manhã”, completa.
Procurada pela reportagem, a Anhanguera informa que reforçou a solicitação de rondas ostensivas nos entornos de suas unidades e também contatou a Secretaria Municipal de Segurança Pública para o desenvolvimento de ações que garantam segurança no entorno de seus campi. Para a segurança interna, as unidades são equipadas com câmeras de monitoramento.
(Com supervisão de Mayara Sá)