‘Enrolação’: cliente chama serralheiro de ladrão e sai com olho roxo de briga

Caso foi parar na delegacia

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Caso foi parar na delegacia

Uma cabeleireira de Campo Grande foi agredida a socos nesta quarta-feira (29) em uma serralheria no Bairro Caiobá. Josiane da Costa Sares mandou reformar um portão, mas não esperava ser recebida com um soco no rosto.

“Semana passada meu marido ganhou um portão velho e nós mandamos reformar. Não conhecíamos o serralheiro. Levamos o portão, deixamos 300 reais para iniciar o trabalho. Meu marido concordou que talvez compensava mais comprar um novo. Perguntamos quanto ficava pra trocar o velho pelo novo e ele cobrou mais 800 reais. Fui levar 400 reais e pedi um novo, para depois terminar de pagar quando tivesse pronto. Quando fui entregar o dinheiro, eu brinquei: você não quer enganar a gente né? Ele se irritou e partiu para cima de mim”, diz a cabeleireira.

O serralheiro, segundo Josiane, agrediu ela com um soco no rosto e a empurrei de dentro da casa dele. “Ele começou a me xingar e tocar da casa dele, gritando para eu ir embora. Ele só não me espancou porque um ajudante dele entrou no meio. Ele arrancou meu cabelo, me jogou no chão, até minha moto ficou danificada. O celular que estava na minha mão caiu. Ele também quebrou meu capacete. Se ele estivesse com uma arma ou uma faca, ele até ia me matar”, afirma ela.

Josiane ligou para a polícia e foi orientada a abrir boletim de ocorrência sobre o ocorrido. Ela compareceu a 6º DP (Delegacia de Polícia), do Bairro Tijuca, onde fez exame de corpo de delito. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa.

O serralheiro Michael Ilmo conta outra história. “Ela veio ontem e pediu um portão novo, de um m novo valor. O que ela pediu custa quase 2 mil reais. Eu disse que não tinha como fazer porque não tinha a máquina específica. Ela me chamou de ladrão. Eu disse que ia devolver o dinheiro e que ela saísse da minha casa. Ela avançou em mim e eu joguei ela para fora de casa.

Michael admitiu que levou a mulher para fora da casa dele, mas desconhece essa agressão (soco no rosto). Ele disse que devolveu o dinheiro logo depois do ocorrido. “Eu não sei porque ela está postando coisas contra mim no Facebook. Eu vou a polícia denunciá-la por calúnia e difamação”, cita.

Fique atento

O Código de Defesa do Consumidor garante alguns direitos básicos na hora de comprar ou contratar um serviço, entre eles, o direito à reparação de danos. “Todo consumidor que for prejudicado por informações falsas, pela má qualidade de algum produto ou pela má prestação de algum serviço terá direito de pedir a reparação do dano (seja por meio de conserto, indenização ou outra forma de compensar o “prejuízo”) a quem lhe vendeu o produto ou prestou o serviço”.

Um modo para assegurar e comprovar o serviço também está na assinatura de contrato, que não ocorreu entre a cabeleireira e o serralheiro. 

Matéria alterada às 18h35. 

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