Enfermagem e administrativos mantém paralisação na Santa Casa

Não receberam o 13º salário 

Funcionários do setor administrativo e enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande continuam a paralisação das atividades nesta quinta-feira (22) e devem se reunir na recepção do hospital por volta das 12 horas. A mobilização acontece desde a manhã desta quarta-feira (21), por conta da falta de pagamento do décimo terceiro salário, que deveria ter sido depositado há dois dias.

De acordo com o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, nesta tarde a paralisação continua e os funcionários se reunirão na saguão da Santa Casa. Caso a situação não seja resolvida até está sexta-feira (23), a mobilização será geral e os funcionários irão se reunir na frente à Prefeitura de Campo Grande.

Fundo Nacional de Saúde

O repasse do FNS a Campo Grande é de R$ 22,9 milhões mensais, em média. O valor é distribuído pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) entre as unidades hospitalares conveniadas para atendimento na rede pública. Porém, esta transferência federal ainda não aconteceu e a Prefeitura não soube precisar quando deverá ocorrer.

Por meio de nota, a Prefeitura de Campo Grande relatou que o próprio FNS admitiu o atraso no repasse do recurso. A situação se deve a problemas “de ordem orçamentária”. “O Congresso Nacional aprovou a suplementação orçamentária necessária na última quinta-feira (15 de Dezembro). O texto segue para sanção presidencial e devida publicação. A partir desta publicação, o Fundo Nacional de Saúde está preparado para começar os pagamentos, chegando os recursos nos municípios ao longo da próxima semana”, traz a nota do FNS.

A parcela de verba do FNS que atrasou foi justamente a última, referente à Dezembro de 2016. Ainda segundo o executivo municipal, “cada parcela, normalmente, tem sido repassada entre os dias 8 a 12 do mês”.

Cerca de 70% dos recursos empregados em hospitais e clínicas que atendem pelo SUS na Capital provêm do FNS. Dificuldades em pagamento de funcionários já atinge a Maternidade Cândido Mariano e pode afetar o Hospital do Câncer, onde atendimentos pela rede pública chegam a 98%.