Prejuízo pode chegar a R$ 30 mil

O empresário Anselmo Raul Bareiro, de 55 anos, perdeu nove freezers de picolés Delícias do Cerrado, após quase 26 horas sem energia, no centro, de , a 258 quilômetros de Campo Grande. Os sorvetes da marca Delícias do Cerrado viraram ‘água' e o prejuízo é de aproximadamente R$ 30 mil, segundo o dono da sorveteria.

Anselmo relatou ao Jornal Midiamax, que estava em Campo Grande e só ficou sabendo do acontecido, quando retornou a Ponta Porã, por volta das 23h. Ele disse, que a proprietária de uma loja de sapatos ao lado da sorveteria, já tinha ligado para comunicar, só que ninguém apareceu.

A região ficou sem energia, das 7h, desta quarta-feira (2), feriado de Finados, até às 9h30 desta quinta-feira (3), quase 26 horas sem o serviço. Ainda na noite de ontem, o empresário contabilizou 20 chamadas à Energisa, empresa responsável pelo abastecimento de energia, e quando conseguiu contato foi informado de que a reclamação já havia sido feita por outros moradores.

“Fiquei um bom tempo na gravação ouvindo que o problema já havia sido informado e que não havia previsão de volta. Como já tinha acontecido outras vezes, mas durante o dia, fui olhar os fusíveis que ficam no poste frente ao HZao e tinham dois queimados, coisa fácil de solucionar”, disse.

Todos os produtos que estavam nos freezers foram perdidos e de acordo com o empresário o prejuízo pode chegar a R$ 30 mil. “Tudo que tinha de estoque, como picolés, sorvetes de potinhos, de 2lts, de 10 lts, açaí de todos os tamanhos, bebidas, salgados, enfim, tudo está perdido, graças a ineficiência dessa empresa fajuta da Energisa, que quando ocorre de atrasar o pagamento da fatura, ficam o tempo todo mandando mensagens ameaçadora de corte, além da notificação previsto na resolução da Annel”, relatou.

Segundo o empresário, a Energisa deve entrar em contato no prazo de cinco dias. Mas até lá, segue com a sorveteria fechada e com funcionários parados. “Estou com dois protocolos em mãos, o problema é que não é só a perda dos sorvetes, pois tenho três funcionários, já estou indo para o terceiro dia fechado. Acionei a distribuidora que ficou de trazer produtos, mas como está no fim de semana, só devem chegar na segunda-feira. Espero que a Energisa pague todo o prejuízo causado pelo péssimo e caro desserviço, caso contrário acionarei meu advogado e entrarei na Justiça. Tudo que eu perdi, já estava pago, inclusive, a energia, os impostos e o frete”, finalizou.

O Jornal Midiamax indagou a assessoria de imprensa da Energisa sobre a situação, qual o problema atingiu a região, e quais medidas serão tomadas, mas até o momento não obteve respostas.

OUTRAS CIDADES

Moradores de Nova Andradina, distante cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, e Naviraí, a 370 quilômetros, também ficaram sem energia nesta quarta-feira (2), após temporal passar pelas cidades.

Os ventos fortes teriam começado por volta das 9h30. Um cabo de alta tensão foi rompido na Rua José Alves Florentino. Mais de 600 famílias, de acordo com o site Nova Notícias, ficaram sem o serviço até Às 16h. Já em Naviraí, o temporal destruiu túmulos do cemitério municipal e na manhã desta quinta-feira (3) a gerência de serviços públicos iniciou os trabalhos de recuperação.

CASO SEMELHANTE

Dois mil litros de leite tiveram de ser jogados fora por conta da na região da saída de Três Lagoas, após temporal. Segundo o produtor Luiz Henrique Faracco, de 52 anos, o problema teria começado na tarde deste domingo, 23 de outubro.

A Energisa informou em nota que o temporal ocasionou danos à rede elétrica em alguns pontos da cidade. No caso da região situada na saída para Três Lagoas, “o tempo de atendimento ficou comprometido devido à dificuldade de acesso às propriedades rurais e às redes danificadas”.

De acordo com a nota divulgada pela concessionária de energia o “plano de contigência foi acionado mesmo antes do início dos temporais, aumentando a quantidade de equipem em campo” e que o fornecimento já foi normalizado na região.

A Energisa alerta a população para não se aproximar de cabos ou postes com fiação elétrica caídos ao chão, pois podem representar riscos à segurança. A orientação da empresa nestes casos é entrar em contato pelo telefone 0800 722 7272 e isolar a área para que outras pessoas não se aproximem.

(Matéria editada às 13h58, 4 de novembro, para correção de informações)