Para comerciantes, número baixo de radares faz com que motoristas excedam velocidade

O trecho da BR-163, entre o anel rodoviário da saída para Três Lagoas e São Paulo, onde na madrugada desta quinta-feira (28) morreu o filho do vereador Paulo Siufi (PMDB), falta sinalização adequada, aponta comerciantes e motoristas.

A falta sinalização, inclusive, assim como o excesso de velocidade e o uso de álcool, são os principais motivos apontados por quem está acostumado a pegar a estrada, ou trabalha próximo às rodovias, ao alto índice de acidentes pelo Brasil. Em Campo Grande a situação não é diferente.

Na madrugada de hoje mais uma vida foi perdida na BR-163. O jovem Paulo Siufi Filho, de 21 anos, faleceu quando dirigia uma Citroen C4, placas HTN-1577, ao bater de frente com a carreta Volvo SH, placas OHU-4887, na BR 163, km 477. O filho do vereador morreu na hora. O motorista da carreta não sofreu ferimentos.

O número baixo de radares no anel viário, que acaba por incentivar o excesso de velocidade, é apontado por carreteiros e trabalhadores do posto Caravágio, local próximo ao acidente, como maior problema do trecho.

Em trecho de acidente, comerciantes e motoristas dizem que faltam radaresGerente do posto Caravágio, Celso Nogueira, de 41 anos, diz que é comum haver acidentes por ali. “Acidente sempre tem e vem aumentando ano a no. A gente observa que a cidade cresceu muito, e o anel rodoviário, agora, integra a parte urbana. O fluxo de veículo cresceu e planejamento do trânsito não acompanhou. Não houve preparação para isso”, diz.

Ainda segundo ele, que está acostumado a ver acidentes e ouvir histórias de quem pega a estrada diariamente, a falta de planejamento, o excesso de velocidade, e muitas vezes, o álcool, são a razão dos índices não pararem de crescer. “A gente já pediu várias vezes para que sejam colocados radares nesta parte do trecho, mas as solicitações não foram atendidas”, critica.

O empresário Renato DallAgnol, de 45 anos, concorda. Ele diz que é preciso mais radares no local e diz que nos 23 anos que trabalha no posto, todos os acidentes que viu, foram, por excesso de velocidade e, ou álcool. “nunca vi acidente que não tenham esses componentes. É sempre imprudência. Difícil ser falha mecânica”, diz.

O carreteiro José Carlos Vieira, de 52 anos, completa e revela que o que se vê aqui não é diferente do país. “Em todas as regiões é assim. As pessoas só respeitam se dói o bolso”, afirma o catarinense.