Calendário escolar pode ser estendido até 2017

Deflagrada no dia 23 de junho, a greve dos educadores de , município a 228 quilômetros de Campo Grande, chegou ao fim nesta sexta-feira (9). Após 79 dias de intensa pressão sindical, o prefeito Murilo Zauith (PSB) aceitou a contraproposta dos trabalhadores e estabeleceu um cronograma de atendimento às reivindicações da categoria, que desde o início da mobilização cobra o cumprimento de compromissos assumidos pelo gestor em 2014, quando duas paralisações ocorreram.

O Jornal Midiamax apurou que o prefeito aceitou a contraproposta encaminhada pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), que define para outubro a incorporação do valor referente ao adicional do profissional do magistério, sem o termo “regência”, além do pagamento do 1/5 em duas parcelas, previstas para novembro e dezembro deste ano.

No PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações) dos servidores administrativos da educação, será retirada da proposta inicial o trecho que condiciona o pagamento à disponibilidade de receita no orçamento do município.

Para adequar a Lei Complementar n.267 de 17 de dezembro de 2014, que versa sobre o pagamento do 1/5, uma sessão extraordinária foi realizada às 14h de hoje na Câmara de Vereadores, ocasião em que a emenda foi aprovada por unanimidade pelos 19 parlamentares. Já o termo “regência” até então utilizado em referência à incorporação do valor de adicional do profissional do magistério foi excluído por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município.

Depois que esses termos da contraproposta do Simted foram aceitos pelo prefeito e reforçados por meio da aprovação da lei e da publicação do decreto, os educadores realizaram agora uma assembleia no sindicato e deliberaram pelo fim da greve.

Durante 79 dias, a greve dos trabalhadores em educação afetou aulas de uma rede municipal de ensino com aproximadamente 28 mil estudantes matriculados. No início do movimento, a administração municipal alegava que não havia adesão plena ao movimento, mas no decorrer da paralisação cresceu o clamor de pais revoltados por terem os filhos devolvidos de escolas sem atividades ou com funcionamento parcial.

No final de agosto, durante entrevista coletiva na prefeitura, a secretária municipal de Educação, Ilda Kudo, manifestou preocupação com a possibilidade de o calendário escolar precisar ser estendido até 2017, caso não haja tempo hábil para repor as aulas afetadas pelo movimento grevista dos educadores.

A reportagem apurou ainda que esse tema será discutido na próxima segunda-feira (12), quando educadores participarão de reunião com a secretária para definir como serão repostas as aulas perdidas.