Policial teria feito a denúncia

A advogada da proprietária de um restaurante do centro de , flagrado com carne fora do prazo no domingo (21), alegou que sua cliente mantinha espetinho vencido no freezer, mas que o produto não era vendido. O laudo da Vigilância Sanitária, que recebeu os produtos apreendidos pela Polícia, ficará pronto na próxima semana. Segundo proprietária, o que fez a denúncia era um policial.

“Não foi consumido carne estragada, e isso vai ficar comprovado assim que sair o laudo. O produto estava lá para descarte. Ela ainda tinha que dar baixa para fazer o descarte. A carne não era vendida. Assim que ficar pronto, o laudo vai esclarecer”, afirma Viviane Lacerda.

A advogada ainda comentou que a carne estava de um a dois meses fora do prazo de validade. Segundo ele, a entrada do consumidor, que se sentiu lesado, na cozinha foi sem autorização. “O homem que é policial já chegou entrando na cozinha. Tudo isso será comprovado pelas câmeras”, diz.

O material foi apreendido e encaminhado para a Vigilância Sanitária para elaboração de um laudo, que ficará pronto na próxima semana. /cotidiano/policia-confirma-carne-fora-validade-restaurante-aciona-vigilancia-sanitaria-312926

Sobre o caso

A vítima, de 42 anos, foi ao estabelecimento para jantar com a família e percebeu que a carne de espetinhos, que estava comendo tinha um sabor estranho. /policia/jantar-familia-acaba-delegacia-restaurante-servir-carne-estragada-312898

A vítima, segundo relatou à polícia, no primeiro momento não questionou o estabelecimento, mas quando a filha foi comprar um sorvete percebeu que em um freezer ao lado tinha vários pacotes de espetinhos guardados.

O cliente, então, abriu o freezer e, segundo afirmou, percebeu que a carne estava com o prazo de validade vencido. Ao ir até a cozinha do estabelecimento encontrou outros pacotes de espetinho também com o prazo de validade vencidos.

A vítima procurou a delegacia e registrou um boletim de ocorrência contra a proprietária do estabelecimento, por vender ou expor mercadorias impróprias para o consumo.

O gerente e o consumidor foram ouvidos na Depac/Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). “Várias embalagens das carnes a vácuo foram apreendidas e encaminhadas a Vigilância Sanitária para análise e descarte correto. O gerente alegou que não sabia que a carne estava fora do prazo e que os funcionários da cozinha também não perceberam”, diz o delegado da Decon ( Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), responsável pelo caso, Elton de Campos Galindo.

A proprietária vai responder por crime contra relação de consumo, se condenada ela poderá pegar de 2 a 5 anos de detenção.

Serviço de defesa do consumidor

Se o consumidor perceber que a carne ou produto que comprou está estragado, ele deve procurar a empresa e comunicar do ocorrido. Caso não seja receba o dinheiro de volta, ele pode procurar o Procon e/ou a Vigilância Sanitária.

Em Campo Grande, o Procon funciona na Rua 13 de Junho, 930, Centro. O consumidor também pode entrar em contato pelo disque-denúncia 151, ou pelo telefone (67) 3316-9800. A Decon funciona no mesmo prédio do Procon/MS.

Já, o Sefal (Serviço de Fiscalização de Alimentos) é o responsável pela fiscalização da Vigilância Sanitária, localizada na Rua Bahia, 280, Centro. O telefone é (67) 3314-3064.