Cientistas dos EUA alertam para avanço de mudanças climáticas

Cientistas da Universidade de Washington concluíram a primeira análise sobre os impactos das mudanças climáticas sobre os ursos polares no Ártico. Os animais estão em situação de extremo risco, de acordo com a pesquisa. A lista oficial de espécies ameaçadas dos Estados Unidos já considerava os ursos polares como ameaçados.

A maioria dos estudos sobre o habitat da espécie focava nas condições do gelo em determinadas regiões e em épocas específicas do ano. Na pesquisa atual, os cientistas ampliaram os estudos para compreender fatores ainda pouco conhecidos a respeito da sobrevivência dos animais.

Kristin Laidre, do Centro de Ciência Polar da Universidade de Washington, afirma ao jornal The Seattle Times que as descobertas recentes “não são boas para os ursos”. De acordo com a pesquisadora, foram descobertos dados importantes sobre o rumo dos animais no começo da primavera e no período após a formação do gelo.

Para a análise publicada nesta terça-feira (13) no jornal científico The Cryosphere, Laidre e o pesquisador Harry Stern utiizaram dados sobre concentração de gelo coletados por 35 anos via satélite, em 19 regiões do Ártico onde há superpopulações de ursos polares.

Entre 1979 e 2914, eles descobriram que o degelo da primavera começou 3,5 semanas antes do normal, enquanto o congelamento da região começou cerca de 3,5 semanas depois dos padrões do Ártico. Com população reduzida a cerca de 25 mi indivíduos, os ursos polares correm risco de extinção devido ao degelo, à atividade industrial no polo norte e à caça.