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Cotidiano

Corredor bioceânico une representantes da América do Sul em Campo Grande

 Projeto ainda não tem data para iniciar
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 Projeto ainda não tem data para iniciar

Representantes do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile participaram na manhã de hoje (29) do Seminário “Corredor Bioceânico Rodoviário –  de aos portos do norte do Chile”, em . O seminário abrangeu discussões em torno de um dos maiores projetos econômicos de Mato Grosso do Sul, o corredor bioceânico, que deve elevar o papel do estado na exportação do agronegócio para os países da rota e para países da Ásia.

O projeto, que prevê diversas obras de infraestrutura como pavimentações, portos, pontes e duplicações de rodovias é, para o governador de Mato Grosso do Sul, “a realização de um sonho”. “É um projeto de integração regional como motor de crescimento econômico mas também de integração das comunidades. Há interesses contrários, mas não vão se sobrepor ao interesse comum de desenvolvimento de cada uma dessas regiões”, afirmou durante a solenidade. O Ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite ganhou o título de cidadão sul-mato-grossense durante o seminário.

O corredor

A pretende integrar comercialmente e industrialmente a capital do estado, Campo Grande, a cidade de Porto Murtinho, no interior, até Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo no país vizinho Paraguai e a partir daí construir mecanismos de infraestrutura que continuem até Misión, La Paz, Tartagal, Jujuy, Salta, Sico e Jama na Argentina, até os portos da região norte do Chile, em Antofagasta, Mejillones, Iquique e Arica, escoando produções diretamente ao Oceano Pacífico.

 

 

Na visão do coordenador do Ministério de relações exteriores do Brasil, João Carlos Parkinson de Castro, a otimização do tempo é o principal mote econômico do projeto. “É óbvio que a principal vantagem econômica é que, ao invés da produção sair para pacífico em dez dias, sair em três”, afirmou o coordenador, que explicou que o governo realiza estudos sobre a viabilidade financeira do corredor.

Cada país tem sido responsável por viabilizar recursos para implementar as obras que farão parte da rota. Ainda assim, Brasil e Paraguai, por exemplo, dividem recursos no que tange a projetos fronteiriços. “Na execução da ponte [ponte rodoviária internacional sobre o rio Paraguai] o recurso é metade brasileiro e metade do paraguaio”, explicou Azambuja. A ponte que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta (Paraguai) tem previsão de custar R$ 120 milhões.

Assista o vídeo do seminário aqui.

 

 

As obras no Paraguai devem iniciar em janeiro de 2017, conforme explicou o ministro paraguaio Gustavo Leite. “O corredor ideal é o mais curto, mas o ideal está sendo construído, vamos investir quase R$ 2 bilhões, as pontes se constroem em anos não em dias”. Os representantes dos quatro países não estipularam prazos para a finalização do corredor.

O Ministro de Obras Públicas do Chile, Alberto Undurraga, explicou que o corredor, no Chile, está com o trecho completamente pavimentado, mas deve investir recursos na duplicação de rodovias.

Durante o seminário, o governador do estado reafirmou a importância do desenvolvimento social das regiões. Azambuja também citou uma estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas), que afirma que a produção de alimentos precisa dobrar para alimentar as populações. Para o governador, o corredor também é uma oportunidade de levar alimentos aos países inseridos na rota.

Questionado sobre os produtos e estratégias econômicas para o acesso das populações, o governador apenas citou as commodities do agronegócio, como soja, milho, celulose e carne, e não especificou como os produtos terão acesso ao consumo das pessoas dos quatro países. O governador também afirmou que a rota deve desenvolver a expansão da fronteira agrícola na região de Porto Murtinho. “É uma questão de lógica comercial, os produtos ficam mais competitivos”, disse.

Azambuja também não especificou o aumento da geração de empregos envolvido no projeto. “É difícil mensurar. A atividade econômica gera emprego, a iniciativa privada gera emprego, abre uma rota de oportunidades”, afirmou.

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