Inscritos poderão ser ressarcidos

Discussões e desentendimentos marcaram a prova para o cargo de tecnólogo com formação em área de produção audiovisual, do concurso do (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul), realizado nesse domingo (11) em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. O exame foi anulado depois que candidatos constatam problemas no conteúdo.

Conforme relatos, a prova continha questões não condizentes a cargo. “O conteúdo era de contabilidade e economia. Não tinha nada a ver com a nossa área. Houve tumulto porque estava muito desorganizado, desde as provas aplicadas pela manhã. Tinham questões mal formuladas, erros nos dados dos inscritos e alguns de nós nem receberam o cartão resposta”, afirma um candidato que preferiu não se identificar.

De acordo com as informações, cerca de 20 minutos após o início da exame, e depois de várias reclamações, a prova foi anulada. Foi necessária uma reunião com a comissão fiscalizadora do IFMS e representantes do Instituto Brasil para esclarecer os problemas apontados pelos candidatos.

“Começamos a perceber os problemas e informamos, mas os fiscais estavam muito despreparados. Foi constrangedor porque dividimos a sala com candidatos a outro cargo e eles começaram a dizer que estávamos atrapalhando. Depois de uns 20 minutos fomos levados para outra sala. A comissão reconheceu o erro e anulou a prova. Foi completamente constrangedor e de total falta de respeito. Não teve nenhum profissionalismo, sem contar o transtorno que passamos. Deixei de usufruir das minhas férias para me dedicar e estudar para essa prova. Isso atrapalha o nosso emocional”, observa.

Confusão: candidatos percebem erro em conteúdo e prova do IFMS é anuladaAo todo 12.498 pessoas se inscreveram para o concurso, entre elas, 47 eram candidatas ao cargo de tecnólogo com formação em área de produção audiovisual, que teve o exame anulado. Os inscritos, não beneficiados pelo sistema de isenção, pagaram R$ 100,00 para fazer a prova.

Ademir de Paula, diretor pedagógico e um dos responsáveis pela aplicação da prova, nega a informação de que houve tumulto durante a aplicação das provas.

“Entendemos que o problema com 47 candidatos no universo de mais de 12 mil, não é algo alarmante. Reconhecemos que houve falha porque o conteúdo não obedecia na íntegra as questões para o cargo, mas a comissão fiscalizadora e os responsáveis pelo Instituto Brasil analisaram e conversaram com os candidatos e tudo foi resolvido na mesma hora e damos andamento nas demais provas”, justifica.

Quanto ao desentendimento entre os candidatos que dividiam a mesma sala, o diretor pedagógico afirma que recebeu apenas uma reclamação e que foi oferecido acréscimo de tempo para finalização da prova. “Demos a eles 10 minutos a mais, mas nenhum deles quis utilizar esse tempo”, justifica sem mais detalhes.

O diretor pedagógico do Instituto Brasil afirma ainda que os candidatos que não desejarem fazer uma nova prova podem solicitar ressarcimento do valor pago pela inscrição. Além disso, a administração estuda a possibilidade de ressarcir candidatos de outras regiões que se deslocaram para realizar o exame.

“Vamos estudar administrativamente a viabilidade de ressarcir as despesas que tiveram,  mas até o presente momento nenhum candidato se manifestou. Não queremos tomar medidas precipitadas que venham prejudicar os candidatos. Queremos medidas acertadas para que não tenham de recorrer à justiça. Estamos dispostos a resolver os problemas”, assegura.

Até o momento não foi definida a data para a realização da prova anulada ontem. A estimativa é de que até a próxima quarta-feira (14) o exame seja remarcado.