Panfletagens e trabalhos de conscientização serão feitos nas escolas

Depois de reunir 100 mil campo-grandenses nas ruas de na tarde de domingo (13), movimentos sociais contrários ao governo, afirmam que vão aguardar um retorno da classe política, para então, determinar quais serão os próximos passos na “batalha contra a corrupção”. Enquanto isso, a juventude será o novo foco.

“Os políticos diziam que queriam um sinal das ruas, esse sinal foi dado, agora vamos esperar para ver o que vão fazer. Agora, nosso foco são os jovens, pois sabemos que eles trabalham com o imediatismo e como todo esse processo é árduo eles acabam se desestimulando”, relata Fabrícia Salles do movimento Avança Brasil.

A liderança afirma que panfletagens e trabalhos de conscientização serão feitos nas escolas. O objetivo é estimular perseverança, senso crítico e comportamento ético, desde atos mais simples como não furar fila ou estacionar em vagas preferenciais, por exemplo.

Sobre o ato de ontem Fabrícia não poupou elogios. De acordo com ela, a expectativa da organização foi superada e a participação massiva dos campo-grandenses é um sinal de que a proposta de mudança, motivada pelo inconformismo com a gestão federal, está ganhando força. “Ainda estou em estado de graça. Foi maravilhoso. Vimos que o povo brasileiro está amadurecendo e percebendo que a política tem reflexo na nossa vida, no nosso cotidiano”, afirma.

Com participação expressiva na caminhada de ontem, integrantes da maçonaria classificaram o como um “verdadeiro sucesso”. Waldeci Batista, coordenador geral da maçonaria no Estado, lembra que os maçons não programaram nenhuma ação para as próximas semanas, porém, o apoio para possíveis atos está garantido, caso seja preciso. “Nunca ficamos alheios a coisas erradas. Se houver outra manifestação em defesa do nosso País, vamos participar”, completa.

A manifestação contra a corrupção e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), reuniu 100 mil pessoas no centro de Campo Grande na tarde deste domingo (13), de acordo com cálculo da Polícia Militar. O ponto de encontro foi na Praça do Rádio Clube. De lá, participantes munidos de cartazes e gritos de guerra, seguiram por um trajeto de 2,5 km até os altos da Avenida Afonso Pena.