Idosa está em coma induzido na UPA Vila Almeida

O problema da falta de leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na rede hospitalar de continua. Sem vaga, a paciente Mariana Felícia de Souza, de 80 anos, está desde a última segunda-feira (20), internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Vila Almeida, localizada na região oeste da Capital. Ela foi internada depois de sofrer insuficiência respiratória e diagnosticada com pneumonia.

Tatiane Cândida de Souza Silva, de 27 anos, neta da paciente, diz que na manhã da última segunda-feira percebeu que a avó estava com dificuldades respiratórias e a levou para o CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia, onde foi diagnosticada com a doença, que no último mê matou sete pacientes que estavam internados no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul – Rosa Pedrossian.

Conforme os relatos, sem equipamentos necessários, a equipe do CRS precisou ambuzar a paciente até que ela foi levada para a .

“Eles tiveram de fazer respiração manual porque ela não consegue respirar sozinha e no fim da tarde ela foi transferida, mas os médicos já disseram que ela precisa de uma UTI hospitalar. Me sinto impotente, se tivesse dinheiro colocaria em UTI particular porque para mim a vida dela não tem preço, mas não posso fazer nada porque dependo do SUS [Sistema Único de Saúde]”, ressalta.

De acordo com Tatiane, nesta manhã, a família procurou a Defensoria Pública para que a vaga seja disponibilizada na rede pública ou comprada. “Ela é idosa e tem esse direito. Do jeito que está pode morrer e se isso acontecer eu vou processar o Estado porque seria por falta de recursos”, frisa.

Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura afirma que a partir do momento que o médico indica transferência para internação hospitalar, a Central de Regulação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) aciona os hospitais públicos de Campo Grande, incluindo os conveniados com o SUS, solicitando vaga e que o paciente é transferido conforme disponibilidade de leito.

A assessoria de comunicação da Prefeitura diz ainda que a liberação de vagas depende da rede hospitalar e destaca que a idosa é estabilizada na UPA com atendimento similar ao da UTI com uso de equipamentos e acompanhamento permanente de um médico, além de enfermeiros e técnicos.

Um email questionando o problema de falta de vaga nas UTIs de Campo Grande também foi encaminhado para a assessoria de comunicação da SES (Secretaria de Estado de Saúde), mas até o fechamento deste texto não houve resposta.