Menina teve de esperar mãe na portaria
Acadêmica Tania Araújo, que cursa Direito em uma universidade de Campo Grande, diz ter sido barrada na portaria da instituição ao tentar entrar com a filha, de quatro anos, para devolver livros na biblioteca. Conforme relatos, a garota tem paralisia cerebral e teve de aguardar a mãe na portaria.
De acordo com as informações, o fato aconteceu na noite dessa quinta-feira (13). A acadêmica chegou ao local por volta das 19h30 e, segundo ela, na portaria foi informada de que a filha não poderia entrar.
“Fiquei muito aborrecida porque minha filha é especial. Ela só tem quatro anos. Precisava muito devolver aqueles livros e tive que deixá-la na portaria. Achei uma falta de respeito. Não estava indo assistir aula com ela, fui apenas devolver alguns livros porque já estava pagando multa”, explica.
Ao questionar o motivo da proibição, o responsável teria dito que estava obedecendo normas da instituição, porém, mencionou que liberou a entrada para duas mães que ainda não tinham retornado, o que reforçava seu posicionamento. “Foi muito constrangedor. O segurança ainda disse que deixou outras duas mães entrarem com os filhos, mas como elas não tinham retornado, não abriria mais exceções. Foi muito constrangedor”, relata.
Tânia afirma que não conseguiu relatar o caso à reitoria da instituição e que vai analisar se levará o caso à justiça. “Não registrei nenhuma reclamação na hora porque queria voltar logo por causa da minha filha. Vou conversar com minha advogada porque minha vontade é entrar com uma ação para evitar que isso aconteça novamente”, frisa.
Questionada sobre o fato, a assessoria de comunicação da universidade diz que nesse caso a entrada deveria ter sido liberada. Em nota, a instituição lamentou o ocorrido e afirmou que “repudia todo e qualquer de descriminação ou ato de preconceito” e garantiu que orientará os colaboradores para que situação semelhante não seja repetida.
Confira a nota de esclarecimento enviada ao Jornal Midiamax: