CGU diz que 41% dos servidores de frente no Samu ‘não são capacitados’

Dado é sobre Campo Grande

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Dado é sobre Campo Grande

Quatro a cada dez, ou 41% dos servidores que atuam no primeiro contato do usuário com o serviço 192 do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) , em Campo Grande, não são capacitados previamente ao exercício de suas atividades.  É o que aponta o relatório de fiscalização da CGU (Controladoria Geral da União), que fez um estudo sobre o serviço de atendimento móvel de urgência no país.

O levantamento, de 59 páginas, foi divulgado pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. Nesta avaliação, o serviço de socorro médico de urgência de Campo Grande aparece numa situação intermediária se comparado à avaliação do resto do país.

O serviço investigado trata da capacitação dos responsáveis pela triagem das chamadas recebidas e pelo direcionamento dos casos aos médicos reguladores.

O percentual dado ao Samu em Campo Grande foi de que 41% do efetivo em questão “não são capacitados previamente ao exercício de suas atividades”. A capital sul-mato-grossense perde, neste quesito, para cidades como Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Natal (RN). Mas oferta serviço melhor que as capitais São Luis (MA), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM) e Recife (PE).

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Ainda de acordo com o relatório, a gestão do Samu, em Campo Grande, aparece de maneira negativa no estudo quando o assunto tratado é o uso financeiro dos repasses federais.

“Pela análise do teor do Relatório Anual de Gestão (RAG) das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde avaliadas, verificou-se que as informações apresentadas não foram suficientes para caracterizar prestação de contas dos recursos transferidos pelo Governo Federal para a manutenção do SAMU 192, tendo em vista a ausência de informações acerca da execução financeira desses recursos em 16 (59%) das 27 localidades avaliadas”, diz trecho do levantamento, que cita Campo Grande como uma das capitais com dados faltosos.

Ainda segundo o relatório, em relação às informações acerca da assistência à população do município, constatou-se que em 18 (66%) das 27 localidades avaliadas o RAG não contempla informações sobre o quantitativo de Unidades Móveis do SAMU em funcionamento, demonstrando sua fragilidade como instrumento de prestação de contas junto ao Ministério da Saúde. Campo Grande é uma das 27 cidades, segundo o levantamento acerca dos servido Samu no Brasil.

No estudo divulgado, são apontadas as principais deficiências estruturais observadas nas Centrais de Regulação fiscalizadas. Diz a pesquisa que o Samu em Campo Grande enfrenta deficiências nas instalações da rede elétrica.

O comando do Samu em Campo Grande ainda não se manifestou quanto ao relatório da CGU.

PROVIDÊNCIAS

De acordo com comunidade publicado pela CGU, o trabalho foi apresentado ao Ministério da Saúde para providências que, no intuído de sanar as falhas detectadas, promoveu a revisão dos valores repassados a 1.502 municípios, resultando na adequação do montante transferido e numa economia de R$ 14,5 milhões ao ano. 

Ainda segundo o comunicado, outra importante ação foi a informatização das propostas dos municípios para recebimento de recursos federais. “As solicitações para implantação, habilitação e qualificação do SAMU 192 passaram a ser processadas pelo Sistema de Apoio à Implementação de Políticas de Saúde (SAIPS), o que tornou mais ágeis os processos de concessões de incentivos financeiros”, informou a CGU.

 

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