Cerca de 500 trabalhadores sem-terra seguem em ocupação no Incra
Movimentos criticam nomeação política da superintendência do Incra
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Movimentos criticam nomeação política da superintendência do Incra
Um grupo de aproximadamente 500 trabalhadores sem-terra continuam ocupando a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), no Shopping Marrakech, em Campo Grande. Eles estão no local desde terça-feira (14) e pedem a nomeação de um funcionário de carreira do órgão para a superintendência do Estado.
Porém, se ontem participavam do movimento apenas trabalhadores do MAF (Movimento da Agricultura Familiar), hoje participam integrantes de mais oito movimentos. São eles: MAC (Movimento da Agricultura Familiar), MAT (Movimento da Agricultura Camponesa), MAR (Movimento Agrário Rural), UGT (União Geral dos Trabalhadores), OSLT (Organização Social na Luta pela Terra), MTR (Movimento dos Trabalhadores Rurais), LUTA e FML (Frente Nacional de Luta).
Os manifestantes que estão no local são de várias cidades de Mato Grosso do Sul. A expectativa é que pelo menos mais cinco ônibus cheguem do interior do estado para se juntar ao movimento.
Depois da exoneração do último superintendente regional do Incra, Humberto Melo Pereira, os trabalhadores reforçam que a indicação de um novo representante não seja feita por nomeação política e sim que seja formada uma lista tríplice com o nome dos funcionários de carreira. O motivo, segundo eles, é quando há indicação política o novo superintendente não tem tanta afinidade com os assuntos.
De acordo com Claudiney Rondon Monteiro, um dos representantes dos trabalhadores sem terra, eles aguardam uma resposta da presidência nacional do Incra quanto às pautas. Ele explica que depois que os três nomes são apresentados ao presidente, o mesmo deve escolher um deles para ser o superintendente regional.
O grupo também pede que o presidente nacional do instituto, Leonardo Góes, venha ao estado para ouvir as reivindicações. Os trabalhadores continuam com pautas tradicionais, como a retomada do cadastramento das famílias e o aumento do número de assentamentos. “Nada foi resolvido. Deram a palavra em documento e nada foi cumprido até o momento. Eles não terminaram nem o cadastramento das famílias”, critica Claudiney.
Mesma pauta
Ainda segundo os líderes do movimento sem-terra, o Incra já teria pedido a reintegração de posse do prédio, porém a assessoria de Imprensa do órgão diz desconhecer a informação.
Conforme a assessoria do Incra, acontece nesta manhã uma reunião entre os funcionários no auditório da superintendência para que eles passem a indicação dos nomes desta lista tríplice. A assessoria confirmou que normalmente as nomeações são políticas mas que desta vez os funcionários querem cumprir a lei e fazer a lista.
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