Catadores voltam a bloquear BR-262 por melhores condições na UTR
Caminhoneiro que passava mal foi liberado para passar o bloqueio
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Caminhoneiro que passava mal foi liberado para passar o bloqueio
Um grupo de cerca de 30 catadores bloqueou a BR-262, no início da manhã deste sábado (19), em protesto a falta de condições de trabalho na UTR (Usina de Triagem de Resíduos Sólidos) de Campo Grande. Eles reclamam que a usina não produz material suficiente para que todos possam trabalhar e ter um salário digno.
O problema que se arrasta há anos, desde a inauguração do aterro sanitário e construção da UTR, que teve atraso de mais de dois anos de entrega, parece não ter fim. No último mês, os catadores foram proibidos de entrar no Lixão e permitidos de atuar apenas se cadastrados em uma das três cooperativas que atuam na UTR.
Os catadores não ficaram satisfeitos com a resolução e protestaram. Depois aceitaram as condições e entraram para as cooperativas, entretanto o material que chega a UTR não é suficiente para todos os trabalhadores.
“Só tinha material suficiente para 4 dias. Nós queremos trabalhar e ter digno. Recebemos apenas R$ 100 pelos 4 dias de trabalho”, reclama Márcio de Lima Gomes.
O catador compara à condições à escravidão e critica a morosidade da Justiça. “Nós não somos escravos para fazerem isso com a gente. Acha que somos escravos da UTR, mas enquanto não resolverem, não vierem aqui falar com a gente vamos continuar com a rodovia bloqueada”, diz.
Ele diz que todos esperam a chegada de algum representante da Defensoria Pública, ou do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. Foi o juiz Marcelo Ivo quem determinou o fechamento do lixão, no fim de fevereiro deste ano.
Comida velha
O catador João Alves, de 16 anos, diz que irá sair do local apenas com ordem judicial ou quando vir algum representante da Justiça e entrarem em um acordo.
Ele comenta que há 15 dias, a diretora-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Ritva Vieira, esteve no local e prometeu um sacolão e ajuda de custo para os trabalhadores atuarem na UTR. Mas, o material era insuficiente para todos e durou apenas 4 dias de trabalho. “O sacolão que ela deu estava muito ruim. A comida veio em más condições, o arroz praticamente era pó e o feijão está cozinhando até agora”, critica.
Segurança
Segundo os manifestantes, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) esteve no local, assim com a Guarda Municipal de Campo Grande. A GMCG teria aviado a central para chamarem algum representante da defensoria para ir até a região.
O congestionamento não passa de um quilômetros e os caminhoneiro apoiam o manifesto. “Os catadores estão no direito deles. O único problema é fazer isso no fim de semana. Não tem gente na Prefeitura”, diz Júnior Vieira.
O caminhão dele tem 9 eixos e ele não tem outra opção se não esperar, já que o veículo não consegue fazer o retorno e buscar vias alternativas. Um caminhoneiro que passava mal foi liberado para passar o bloqueio.
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