A cidade só ficou atrás do Rio de Janeiro e Porto Alegre
Campo Grande é a terceira capital no país com o maior número de diabetes: 7,9% dos adultos da cidade sul-mato-grossense possuem a doença. O índice só não é maior que no Rio de Janeiro (8,8%) e Porto Alegre (8,7%). Os dados são da pesquisa Vigitel 2015 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefone), lançado pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (7).
O índice da doença em Campo Grande está acima da média nacional (7,4%), que atinge cerca de 9 milhões de brasileiros. Segundo a pesquisa, apesar do avanço do diabetes no país, o número de internações devido a complicações da doença reduziu 11,5% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram 67,1 internações por 100 mil habitantes contra 75,9 por 100 habitantes em 2010. Ano passado, foram registradas 137,4 mil internações por agravos da doença no SUS (Sistema Único de Saúde).
A mortalidade prematura (pessoas com menos de 70 anos) também caiu entre 2000 e 2013, acompanhando a tendência em relação ao óbito por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) nessa faixa etária que reduziu 2,5% ao ano no período. Mas ainda é alto o número de pessoas que morrem por causa do diabetes no Brasil: em 2013, foram registradas 58.017.
Sobre a doença
O diabetes é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. O distúrbio acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. Outra possibilidade é da resistência à insulina, em que o hormônio não é capaz de agir de maneira adequada no corpo. Se não tratado, o diabetes pode causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, doenças cardiovasculares, como AVC (derrame), e infarto.