Em janeiro foram 35 casos no Estado
Os registros de picadas de escorpiões em Mato Grosso do Sul não são poucos. As altas temperaturas e o aumento da incidência de chuvas são fatores propícios ao aparecimento desses animais em casas e quintais. Apenas em janeiro foram registrados 35 casos de picadas no Estado, mais de um por dia.
De janeiro de 2015 para janeiro deste ano o aumento nos casos foi de 30%. E boa parte explicado em fatores como lixos, entulhos, terrenos baldios, que influenciam não apenas o aumento do mosquito Aedes aegypti, mas também de animais peçonhentos. Ainda segundo a farmacêutica Flávia Luíza de Lopes do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), catástrofes ambientais (ex: enchentes, desmoronamentos) e obras de pavimentação e construção civil também favorecem o aparecimento de escorpiões.
De 2012 a 2015 foram 1035 notificações de picadas de escorpiões em humanos em Mato Grosso do Sul. Apenas no ano passado foram 206 casos. O único caso de óbito registrado devido a picada de escorpião no Estado foi em 2011.
Em caso de acidente
Flávia ainda alerta que quando uma pessoa for picada, ela precisa manter a calma e buscar atendimento médico imediato. Não deve furar, nem amarrar, nem jogar substâncias químicas no local da picada. É importante que ligue para o Civitox no telefone de emergência: 0800 722 6001 ou (67) 3386-8655. O Civitox funciona 24 horas por dia. Casos de picadas por qualquer animal peçonhento, ou envenenamento humano e animal, também são atendidos.
“Quando encontrar escorpiões em imóveis, é importante comunicar a ocorrência ao setor municipal de saúde que realiza o controle de animais peçonhentos. Existe um programa estadual de controle e identificação de gêneros e espécies de escorpiões, o qual precisa da parceria da comunidade e dos municípios”, explica a farmacêutica.
