Eles pedem presença de coordenador 

Indígenas da Aldeia Taboquinha, em Nioaque – cidade a 180 quilômetros de Campo Grande – estão mantendo como reféns desde a tarde de ontem (02) quatro funcionários da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indigena) após a demissão de um médico que atende no posto de saúde da comunidade. Eles pedem a presença do coordenador da Sesai para discutir a assistência médica na aldeia.

Ontem uma equipe do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) da Sesai de Campo Grande com dois engenheiros, motorista e bióloga foi mantida no local até esta manhã. “Eles foram verificar o sistema de água e elétrico da aldeia. Durante o trabalho, os caciques disseram que eles não poderiam sair da aldeia. Eles tiveram que passar a noite na casa de bomba, um quartinho de 2 por 3 metros, com cheiro de cloro, que eles tinham acabado de aplicar. Isso é desumano, é cárcere privado”, disse o coordenador técnico da Dsei da Capital, Wanderley Guenka.

Na manhã desta quinta-feira (03), uma equipe com dois médicos, o motorista e o chefe de polo da Sesai de Aquidauana, Edmundo Pires foi ao local para atender os indígenas e foi ‘trocada’ pela equipe anterior. “Trouxemos dois médicos para atender os indígenas, e eles estão atendendo. Eles disseram que esperam a presença do Hilário. Então, vamos ter que ficar aqui até ele chegar, mas estamos bem, aqui dentro da aldeia estamos andando normalmente”, afirmou Edmundo Pires.

Segundo o chefe de polo de Aquiduana, os indígenas pedem um médico e querem discutir com Hilário sobre assistência médica indígena. De acordo com Wanderley, ainda vai ser contratado o profissional para atuar na aldeia.

A Polícia Federal foi acionada, segundo Wnaderley, e “deve ir ao local resgatar os reféns”. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax não conseguiu contato com Hilário da Silva e com a PF.