Educadores querem reajustes equivalentes a 2015 e a 2016

Somente 10% das escolas municipais de aderiram aos três dias de manifestações nacional a favor da valorização da Educação. Das 102 Ceinfs (Centro de Educação Infantil) e 93 escolas municipais, apenas 20 participaram do movimento que começou na terça-feira (15) e termina nesta quinta-feira (17).

Dentre as reivindicações da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) estão a exigência do cumprimento da Lei do Piso Nacional, a não terceirização da educação, o não parcelamento de salários, entre outras pautas.

Em Campo Grande, a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) encerra as manifestações com um ato na Câmara Municipal. Os educadores vão até o local e lá pretendem trancar a pauta dos vereadores e pedir apoio dos parlamentares para tentar reduzir o prazo de 40 dias, dado ao prefeito, para que ele apresente uma proposta de pagamento à categoria. Eles querem ainda a suspensão da ação que corre no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra a Lei 5.411/14.

Segundo o presidente da ACP , Lucílio Souza Nobre, a ação na Câmara também se deve ao fato de os professores temerem que o acordo não seja cumprido, já que em outros momentos, havia encaminhamentos com o Executivo e no fim não foram cumpridos. “Temos medo de o acordo não ser cumprido, como na negociação de 2015, que até agora não recebemos os índices de correção”, diz.

Os professores querem reajustes equivalentes a 2015 e a 2016. A categoria decidiu em assembleia no dia 4 deste mês, que aceita dividir o percentual de 13,01%, relativo a 2015 em duas vezes, desde que a primeira parcela, de 6,505% seja repassada em maio, junto com o reajuste anual de 2016, de 11,36%, ou seja, 17,8% em uma única vez.