Com uma filha cadeirante, dona de casa vive o drama de não ter um apartamento adaptado

Sonho da casa própria virou realidade para a dona de casa de 23 anos Priscila da Costa, depois de 2 anos da espera. Em dezembro de 2014 foi sorteada para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. 

Mas, o que era para ser a realização acabou virando uma grande dor de cabeça para Priscila, que tem uma filha de 4 anos cadeirante. A pequena Ana Beatriz não anda, não fala, e o apartamento onde a família vive não possui adaptação nenhuma, o que segundo a dona de casa foi informado na Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), que precisaria de um imóvel adaptado por causa de sua filha.

“Quando fiz minha inscrição levei todos os laudos que pediram e já reclamei, mas, o que me dizem é que não tem como trocarem meu imóvel por um apartamento adaptado, que está é minha casa e não tem como mudar”, fala Priscila.

Para poder chegar ou sair de casa ela precisa fazer um trajeto de mais de 200 metros por acessos estreitos e sem rampas. Ao tentar entrar em casa precisa passar com a cadeira de Ana Beatriz pelo gramado, já que na porta de sua casa não existe rampa ou calçada. O banheiro que precisaria ser adaptado para facilitar o banho da filha, não tem. “Quase caí outro dia com ela no banheiro, foi um sufoco”, diz.

Segundo Priscila, na última sexta-feira (6), a filha teve sete convulsões e não teve nem como sair de casa para chamar socorro, já que nem os celulares funcionam direito dentro do residencial. “Se minha filha voltar a passar mal como vou fazer? Até chegar à portaria não dá tempo”, fala a dona de casa.

O Midiamax entrou em contato com a Agehab, através de e-mail, para esclarecer o fato de apartamentos não adaptados serem entregues para pessoas com necessidades especiais, e foi informado que o segue todas as normas e possui 3% de seus apartamentos adaptados. A agência ainda informa que os moradores, que possuem este problema devem encaminhar a solicitação de adaptação das casas junto Emha (Agência Municipal de Habitação de ), que é responsável pelo setor pós-entrega das moradias.