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Cotidiano

Vídeo: empregadas e diaristas contam como é a profissão com mais mulheres no País

Perfil feminino da profissão reflete desigualdades e preconceitos da sociedade brasileira
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Perfil feminino da profissão reflete desigualdades e preconceitos da sociedade brasileira

Acordar com o dia escuro, deixar casa, filhos, marido e enfrentar o trajeto de até duas horas em ônibus lotados para chegar ao serviço faz parte da rotina das mulheres que ‘trabalham em casas de família’. O Jornal Midiamax acompanhou a ida de alguma dessas mulheres ao trabalho, e durante o percurso muitas histórias surgiram.

A estimativa é de tem entre 40 mil e 60 mil trabalhadoras na área, ocupada quase exclusivamente pelas mulheres desde muito cedo. É o caso de Regina Lopes Oliveira, de 37 anos, que desde os 8 anos de idade trabalha como empregada doméstica. “É um pouco sacrificado, porque tenho que deixar meus dois filhos com a vizinha. Saio cedo e só volto no fim do dia”, fala.

Segundo ela, a vontade de mudar de profissão sempre aparece, mas nunca deu certo. “Agora não dá mais tempo. Já acostumei”, explica Regina.

Sorridente, Basília Martins da Silva, de 69 anos, se diz feliz com a profissão que escolheu. Ela admite que foi ‘por falta de estudo’ e que antes sonhava ser cozinheira. “Faz 25 anos que trabalho como empregada doméstica e sempre tive excelentes patrões. Eu posso dizer que sou feliz com o que faço”, diz.

Os casos de situações constrangedoras logo surgem na conversa, gravada durante o trajeto do busão. “Uma vez sumiu um objeto em uma antiga casa que trabalhava, e éramos duas, mas a outra moça saiu, e só depois deram falta do objeto. Acabei sendo acusada de roubo”, relembra. Segundo ela, no entanto, depois tudo foi esclarecido.

 

 

Rosângela Vieira, de 47 anos também já passou por situações desconcertantes, como ela diz. “Uma vez fui lavar um tênis da minha patroa para tentar agradar, mas ela ficou brava e deu um berro, levei um susto, nunca esqueci aquele grito”, fala Rosângela.

As boas lembranças, porém, são maioria. Maura Camila, de 44 anos, comemora a carreira. “Sempre tive bons patrões. Trabalhei em uma casa onde cuidava também de uma senhora idosa, e só sai de lá quando ela faleceu. Até hoje mantenho contato com os filhos dela, que me tratam como se fosse da família”, diz.

Assim é a vida de quem se propôs a deixar o lar, filhos, marido para cuidar de outras casas, famílias, um acordar ainda no escuro, e depois de um dia de muita louça lavada, chão limpo, roupa passada o voltar para casa e começar a fazer o que já terminou em outra casa.

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