Presidente do Senalba afirma que desconfia da gestão atual

A presidente do Senalba-MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Estado), Maria Joana Barreto Pereira, diz que “falta vontade” da administração do Recanto São João Bosco em resolver as pendências salariais e que desconfia da atual gestão.

A declaração foi feita nesta sexta-feira (17), pouco antes do início da reunião entre o Sindicato, a Prefeitura, representantes do Asilo, Arquidiocese de e MPE (Ministério Público Estadual), que ocorre no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

O objetivo é resolver as questões trabalhistas que motivaram a paralisação de cerca de 100 trabalhadores na última quarta-feira (15). Desde o início da , apenas 30% dos funcionários do Asilo permanecem trabalhando e o Recanto conta com o apoio da população que tem auxiliado voluntariamente no cuidado  com os idosos.

No primeiro dia de paralisação, os trabalhadores informaram que a greve era por conta do atraso no pagamento dos salários referentes aos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, além de férias e o não pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Nessa quinta-feira (16), a Prefeitura de Campo Grande confirmou o pagamento do repasse de R$ 50 mil, que até então não havia sido pago, segundo a assessoria de comunicação do município, devido a problemas na prestação de contas do Asilo.

Depois de anunciar o repasse, a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Campo Grande garantiu que faria o pagamento dos funcionários, colocando fim à greve. Nesta manhã, a presidente do Senalba/MS declarou que foi pago apenas o salário referente a fevereiro e que ainda assim, o pagamento não foi depositado na conta de todos os trabalhadores e que por esta razão, eles permanecem em greve.

A arquidiocese de Campo Grande, alega que o Recanto São João Bosco está passando por uma crise, no entanto, a justificativa é questionada pela presidente do Senalba. “Dinheiro eles têm, está faltando vontade. Disseram que não têm recursos, pedem doações, mas conversei com os funcionários e eles dizem que ganham muitas coisas. Além das doações, ainda tem os 70% da aposentadoria dos idosos e repasse da Prefeitura”, enfatiza.

O Sindicato questiona a taxa associativa descontada dos mais de 80 sindicalizados pelo Senalba/MS. “Eles descontam todos os meses dos funcionários, mas não repassam para o sindicato”, afirma.

A reunião entre o Sindicato, a Prefeitura, representantes do Asilo, Arquidiocese de Campo Grande e MPE começou por volta das 11 horas e até o momento as partes envolvidas estão sendo ouvidas.

Crise financeira

A assessoria de comunicação da Arquidiocese de Campo Grande destaca que o Recanto passa por uma crise financeira e depende de doações da população.Os interessados podem doar alimentos, remédios e fraldas geriátricas. Quem não tiver disponibilidade de levar a doação até o local pode entrar em contato por meio da Unidade de Captação de Recursos no telefone: (67)3345-0500.

Além das doações de alimentação remédios e materiais de higiene, o Arquidiocese destaca a necessidade de pessoas para auxiliar no cuidado dos 100 idosos, pois, dentre eles, 30 dependem totalmente de cuidados.