Ao menos oito órgãos federais estão parados nesta manhã

Servidores de oito órgãos federais cruzaram os braços na manhã desta quarta-feira (22). Cerca de 200 trabalhadores participam de um protesto no centro de Campo Grande. Os manifestantes reivindicam reajuste salarial de 27% e melhorias nas condições de trabalho.

Participam da manifestação trabalhadores ligados a ADUFMS (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul); Funasa (Funasa Nacional de Saúde); ao Ibama ( Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária); INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); Ministério da Saúde; a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena); e ao Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino).

Conforme a assessoria de comunicação do Sindsp-MS (Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de Mato Grosso do Sul), além do reajuste de 27%, os servidores reivindicam data-base, paridade entre ativos, pensionistas e aposentados, melhorias no serviço público e abertura de concurso público, principalmente, no INSS e Ibama.

A assessoria de comunicação do Sindsp-MS afirma que o Ibama conta com 90 funcionários nas agências situadas em Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas, além de um escritório em Bonito onde há um funcionário.

De acordo com o representante do comando estadual de greve do INSS, Henrique Martini, o órgão conta com 800 trabalhadores nas 37 agências do Estado. Ele afirma que são necessários ao menos 1.500 para atender à demanda e destaca a necessidade de concurso público. “Os servidores estão esgotados. Existe um deficit muito grande de funcionários. Precisamos de concurso público”, ressalta.

Martini também reclama do horário de atendimento das agências. “Trabalhamos das 7 às 14 horas ininterruptamente e temos produtividade para cumprir. Seria menos cansativo se abríssemos das 7 às 17 horas com uns servidores de manhã e outros à tarde”, sugere o representante do comando estadual de greve.

O presidente do SINPRF-MS (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais), Lúcio Nogueira, também acompanha a manifestação. “Estamos todos em negociação no mesmo momento. Queremos reestruturação de carreira porque temos nível superior, mas ganhamos como nível médio. Não estamos em greve, mas isso pode acontecer dependendo do resultado da reunião que acontece amanhã em Brasília”, frisa. 

Os servidores começaram a se concentrar por volta das 8 horas na Praça do Rádio Clube, de onde seguem para a Rua Barão do Rio Branco, onde devem encerrar a passeata.