Servidores do INSS cruzam os braços por reajuste salarial de 27%

Mais de 1.200 segurados devem ficar sem atendimento

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Mais de 1.200 segurados devem ficar sem atendimento

Servidores INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de Campo Grande cruzaram os braços nesta terça-feira (21) em uma manifestação por reajuste salarial na frente da agência localizada na Rua 26 de Agosto. Os trabalhadores pedem aumento de 27%. Durante a paralisação a estimativa é de que mais de 1.200 segurados fiquem sem atendimento.

Além do reajuste salarial, os grevistas reivindicam melhores condições de trabalho. Segundo Adelson Nogueira, membro da comissão de greve, a agência onde ocorre a manifestação conta com 12 funcionários para atender uma média de 500 segurados diariamente.

“Nesta agência deveria ter ao menos 60 servidores. A demanda é grande e não conseguimos atender a todos. Queremos a abertura de concurso público. Sofremos assédio moral porque somos pressionados a atender a todos e não conseguimos fazer isso”, afirma.

O aposentado Airton Barbosa, de 65 anos, que mora no Bairro Recanto dos Rouxinóis não sabia da paralisação e voltará para casa sem atendimento, mas ainda assim, ele apoia os servidores. “concordo com eles porque tem muita coisa que precisa de mudança e isso som acontecendo se pressionarmos o governo”, observa.

Em todo o estado existem 37 agências, no entanto, a paralisação ocorre quase em todas as unidades com exceção apenas de Corumbá, Rio Verde e Três Lagoas, onde o atendimento ocorre de forma parcial. Os grevistas informam que os segurados que estavam com atendimento agendado, devem fazer o reagendamento por meio do telefone 135.  

Os trabalhadores aguardam o resultado de uma reunião que será realizada nesta manhã às 10 horas em Brasília (horário de Campo Grande), com o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.

Nesta quarta-feira (22), os funcionários do INSS se reunirão com outros servidores federais em uma passeata programada para as 8 horas, na Praça do Rádio Clube, de onde  o grupo seguirá até a Rua 14 de Julho, local de encerramento da manifestação.

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