A dona dos bichos afirma que só os prendeu em virtude da reforma na casa

Um suposto caso de maus-tratos com cães deixou um servidor público – identificado apenas por Kenedy – inconformado. Segundo ele, dois vira-latas estão confinados e passando e sede no lugar onde vivem, uma casinha na Rua Tonico Saad, Centro de .

De acordo com Kenedy, que trabalha próximo do local, os cães são vistos, diariamente, sem comida. “Passo por ali todos os dias e nunca vi uma vasilha de ração. Até mesmo água eu nunca vi. Acho que os donos dos bichos são insensíveis”, esbraveja.

O servidor reforça, ainda, que os animais sempre estão presos em um lugar bastante reduzido. “É um espaço muito pequeno, eles não conseguem nem mesmo caminhar. Devem ficar estressados por causa disso”, frisa.

Outro lado

Depois de receber a denúncia, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi até o local para averiguar a veracidade. Assim, de acordo com a dona do cães, a dona de casa Thais Marques, de 45 anos, os cachorros não são maltratados. “Isso não é verdade. Pode perguntar para meus vizinhos que todos sabem que cuido bem dos animais, pois tenho o hábito de abrigar cães de rua”, justifica.

Mariângela Amaral, de 32 anos, que é filha de Thais, também defendeu a mãe. Ela se disse indignada com a atitude de algumas pessoas em espalhar inverdades. “Só pode ser gente que não tem o que fazer. Os cachorros estão presos porque a casa da minha mãe está em obras. Além disso, eles não ficam assim o dia inteiro como falaram”, reclama.

Um vizinho lateral foi procurado pela equipe de reportagem e confirmou que Thais cuida bem dos cachorros. “Eu moro aqui há algum tempo e nunca a vi os tratando mal. Pelo contrário, tem fama de abrigar cães abandonados”, ressalta o guarda municipal Igor Cunha de Souza.

Configuração de maus-tratos

De acordo com a diretora de comunicação da ONG Vira Latas, Maria Cristina de Freitas, para ser configurado maus-tratos em animais, o cão deve estar amarrado em uma corda com pouca extensão ou em um lugar muito pequeno, ficando exposto ao sol e chuva.

Além disso, deixar o bicho sem água ou comida, bem como agressões, enquadra o dono em , que é apurado pela Decat (Delegacia Especializada em Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista).

“Nesse caso específico, se a dona solta os bichos no período noturno, por exemplo, não será maus-tratos. Caso contrário isto ficará constatado”, conclui Cristina.