Ao todo 20 áreas devem ser vistoriadas em MS

Cerca de mil sem-terra que integram oito movimentos sociais ocuparam, na manhã desta terça-feira (8), parte do Shopping Marrakech, onde fica a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande. O grupo pede a vistoria de 20 áreas que podem ser desapropriadas em Mato Grosso do Sul.

Os manifestantes participam da 1ª Marcha Estadual dos Movimentos Sociais, realizada a fim de chamar a atenção para as questões fundiárias no país. Nesta manhã, por volta das 4h30, o grupo saiu em marcha pelas ruas da Capital. Neste momento as lideranças estão reunidas com o superintendente do instituto, Sidney Ferreira de Almeida.

Na reunião, o superintendente do Incra garantiu estar trabalhando para atender as reivindicações dos sem-terra. “Compreendemos a luta, mas precisamos junto ao CDR (Comitê de Decisão Regional), definir uma tabela de referência de preços das terras no Estado. A tabela estava defasada. Fizemos um levantamento para definir os preços, mas agora os funcionários estão em greve e por conta disso temos uma limitação operacional. Estamos avançando e divulgaremos os nomes de todos os municípios onde faremos as vistorias”, assegura.

Segundo Antônio Carlos, um dos dirigentes da FNL (Frente Nacional de Luta), o grupo quer que o Incra se dedique à reforma agrária no Estado. “Queremos que o instituto arrume recursos porque têm muitas famílias que estão há mais de cinco anos nas estradas”, frisa.

Até o início desta manhã, o objetivo era seguir do Incra para a frente do prédio do MPF (Ministério Público Federal), onde o grupo pretendia fazer um protesto, no entanto, os manifestantes afirmam que seguirão para a Prefeitura para pedir apoio ao prefeito Alcides Bernal (PP). De lá, os sem-terre seguirão para a Praça Ary Coelho onde devem encerrar as manifestações.

A marcha começou no último sábado (5). O grupo saiu de Nova Alvorada do Sul distante 120 quilômetros de Campo Grande para acompanhar o desfile de 7 de setembro. Os manifestantes chegaram a interditar a rodovia nesse domingo (6) e também nessa segunda-feira (7). Em ambas as ocasiões, os manifestantes liberaram a pista depois de negociações com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Ao todo, oito movimentos sociais participam das manifestações, entre eles, integrantes do FNL (Frente Nacional de Luta), MSTB (Movimento Sem Terra Brasileiro), MTR (Movimento dos Trabalhadores Rurais ), MAF (Movimento da Agricultura Famili