Sem receber, servidores exonerados fazem manifestação na Câmara

Grupo entrou com ação e exige pagamento

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Grupo entrou com ação e exige pagamento

Cerca de 60 servidores que trabalharam na gestão do vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP), e foram exonerados depois que o chefe do Executivo municipal Alcides Bernal (PP), foi reconduzido ao posto, participaram na manhã desta quinta-feira (19), da sessão na Câmara Municipal de Campo Grande. Eles reivindicaram o pagamento dos salários, décimo terceiro e férias.

De acordo com as informações, os manifestantes eram servidores da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Cras (Centro de Referência de Assistência Social), SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e Segov (Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais).

Valdemir Maia, que ocupava o cargo de gestor de patrimônio na Sesau, durante a gestão de Olarte, destaca a dificuldade financeira enfrentada pelos servidores exonerados. “A maioria de nós está com muita dificuldade financeira. Desde a exoneração, não recebemos nada, décimo terceiro, férias, nada. Só recebemos o salário do mês porque a folha de pagamento já havia sido processada”, relata.

Na tribuna, o servidor criticou o atual prefeito. “As pessoas em primeiro lugar. Quero saber quem são essas pessoas. Antes do Bernal voltar o atual secretário de governo [Paulo Pedra] dizia que tinha dinheiro e que não havia gestão. Cadê o dinheiro? De cada 10 ligações que recebemos nove são do banco dizendo que o consignado está atrasado, e a única resposta que tivemos do prefeito foi uma matéria na qual ele diz que éramos todos fantasmas. Isso não é verdade”, frisa.

A ex-gerente da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Vila Almeida, Dirce Dominoni, também critica a declaração feita pelo prefeito à imprensa. “Não aceito ser tratada como fantasma. Eu trabalhava. Depois que sai, todo o trabalho desenvolvido foi abandonado”, afirma.

Érica Corrêa, que coordenava a UBS (Unidade Básica de Saúde) Mata do Jacinto, afirma que ganhava em torno de R$ 1.980,00, no entanto, não recebeu o salário e os benefícios. “Ligo no Recursos Humanos da Prefeitura e dizem que não tem data prevista e que vão pagar quando der”, lamenta.

Os servidores entraram com uma ação na justiça pedindo que o salários, décimo terceiro e férias sejam pagos.

Exonerações –

Ao assumir, Bernal exonerou mais de 1,5 mil funcionários comissionados de Gilmar Olarte, cujos pagamentos somavam mais de R$ 6 milhões ao mês.

 

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