Defesa Civil precisou isolar algumas áreas de condomínio

Equipe da Defesa Civil faz levantamentos no Residencial Lenoel Brizola, no Jardim Antarctica, no Tijuca, atingido por na manhã deste sábado (11) que deixou estragos em vários bairros das regiões oeste e sudoeste de . Pelo menos três blocos do condomínio foram parcialmente destelhados.

As telhas e madeiras que voaram dos blocos atingiram carros que estavam estacionados. Ninguém ficou ferido, mas os moradores também contabilizam os prejuízos.

Segundo o agente Boldori, da Defesa Civil, alguns locais do condomínio serão isolados, de forma a evitar a circulação de pessoas. São áreas onde há madeiramento solto, telhas que ainda podem cair e infiltrações nos apartamentos.

O imóvel mais prejudicado foi o de Maria Aparecida Moreno, de 34 anos. O teto sobre o apartamento 31 do bloco 9 foi totalmente destelhado e há infiltrações em todos os cômodos.

“Se der uma chuva forte, desaba”, diz a moradora. Ela disse ter acionado a construtora, que por sua vez informou que colocará lona sobre o apartamento e avisará a CEF (Caixa Econômica Federal) na próxima segunda-feira (13) – o residencial foi erguido com recursos do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

No apartamento de Michelle Catarina Padilha, 30 anos, “só deu tempo de criar as crianças da sala” depois do “barulhão”, nas palavras da própria moradora. Os estilhaços do telhado quebraram o vidro de uma das janelas da casa dela.

Moradores reclamam da confiabilidade dos produtos usados na construção do residencial. “Se os materiais fossem de boa qualidade, isso não teria ocorrido”, disse Silvio Rocha, de 37 anos, ainda sem saber quem arcará com os prejuízos causados pelas telhas que atingiram seu carro.

“Os pregos que seguram as vigas do telhado são muito finos. As telhas desmancham na mão”, aponta Nilza da Silva, de 53 anos. Ela conta que os moradores chegaram ao local há menos de um ano e, na hora do vendaval, “só não aconteceu algo pior porque as crianças estavam nos apartamentos”.