Participantes percorreram a Avenida Afonso Pena

Mais de 1,5 mil manifestantes foram as ruas em Campo Grande para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff (PT). O grupo pró-impeachment se reuniu no Obelisco e segue até o MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena.

Com camisas amarelas e verdes, bandeiras e lenços, os participantes levavam faixas de repúdio. Alguns estavam com as cores da bandeira pintadas no rosto e traziam o boneco ‘Pixuleco’ nas mãos, fazendo referência ao Lula preso.

Uma das representantes do Movimento Pátria Livre, Sirley Ratier, 67 anos, diz que o protesto a favor do impeachment é necessário. “A manifestação é para forçar o processo de saída da presidente, porque só os políticos, que estão no topo não conseguem, precisam do apoio da população. A gente entende que está na hora de uma mudança porque há um ano não estão governando, e sim sobrevivendo”, disse.

A organização espera cerca de 5 mil pessoas no evento. “O povo não estava acreditando na possibilidade, mas agora que teve um passo a mais, eles estão vindo para rua”, afirma.

“O impeachment vai acontecer com certeza. A situação está muito difícil principalmente com o desemprego e a corrupção. Michel Temer vai conseguir administrar melhor o país. Qualquer coisa é melhor que o PT”, afirma o professor Amarildo Cabral, 48 anos.

Com gritos de repúdio, os manifestantes pediram a retirada do PT, “Ai que bom seria se o PT entendesse de economia”, “Nossa bandeira jamais será vermelha”, “Não é mole não, socialista de iPhone e carrão”. Os organizadores ainda pediam que os manifestantes tirassem ‘selfies’, “para que venham ainda mais gente para as ruas”, diziam.

O técnico de equipamento odontológico Marcos Esteves, de 40 anos, também tem certeza que o impeachment vai ocorrer. “Não dá mais para aguentar corrupção, má gestão e incompetência do governo, até porque o PT não tem mais vez, porque depois que o senador deles foi preso, não tem mais moral. Eles estão só levando chumbo, não estão mostrando serviço”, disse.Protesto pelo impeachment de Dilma reuniu 1,5 mil em Campo Grande

Marcos levou a mãe para protestar a favor do impeachment, que mesmo com o calor não deixou de ir às ruas. “Eu estou cansada de corrupção. Vale a pena fazer um esforço e ajudar a derrubar a presidente. Hoje, a gente repara que os jovens não estão participando e esse trabalho está sendo feito pelos mais velhos”, ressalta a aposentada Lídia Aparecida, de 66 anos.

Carminda Pereira, de 72 anos, é professora aposentada e estava com a marido de 87 anos. “Eu vim hoje porque é na rua que a gente vê resultado. A Dilma faz parte de uma quadrilha, chamada PT. A meta deles foi pegar o poder e roubar o dinheiro público como jamais fizeram”. Para ela, qualquer pessoa é melhor que a Dilma.

O protesto de hoje é o primeiro que pede a destituição de Dilma desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.